Numa noite de orgia idólatra promovida pelo monarca Belsazar, a grande potência babilônica chegou ao seu fim. Tétricos dedos a escrever ameaçadoras palavras na caiadura da parede interromperam o festim de luxo e de luxúria. E "naquela mesma noite Belsazar, o rei dos caldeus, foi morto" (Dan 5.30).
Invadida Babilônia pelo poderio medo-persa ascendeu ao trono caldaico o rei Dario. Entrementes o sumo pontífice, seguido de sacerdotes e levando imagens e vasos sagrados do culto ocultista, fugiu para a cidade de Pérgamo, na Ásia Menor. Transformara-se esta cidade, por isso, em "trono de Satanás" porque "onde Satanás habita" (Apoc 2.13).
Dessa localidade da Ásia Menor os sacerdotes da religião dos mistérios e da magia, sempre carregando sua bagagem religiosa, atravessaram o mar e se fixaram na Península Itálica, cognominada de "A TERRA SATURNINA". E Roma, onde de modo especial se centralizou o culto dos mistérios, naquele tempo passou a se chamar SATURNIA, cidade ou residência de Saturno, o título saliente do deus Tamuz por presidir ele o ocultismo. Isto tudo são dados indiscutíveis da História.
Conquanto os sacerdotes da magia impusessem a sua religião de mistérios, não conseguiram fazer prevalecer o seu próprio idioma caldaico. Em vasta região da "terra saturnina", sobretudo nas imediações de Satúrnia falava-se uma língua nativa, à qual atribuíram o nome de LATINUS procedente de LATIUM a outra cognominação dada a Saturnina, por serem ambos sinônimos. Com efeito, LATIUM procede do caldeu LAT e quer dizer "JAZ ESCONDIDO". Do vocábulo caldeu LAT origina-se também o verbo latino LATEO com a significação exata de ESTAR ESCONDIDO ou OCULTO.
O latim se tornou, portanto, a língua da religião dos mistérios, de acordo com a sua sinonimia de oculto, escondido, encoberto. Todo culto carregado de ritos misteriosos e de objetos de magia, proveniente de Babilônia se fixou em Roma que posteriormente seria a capital da grande potência do império latino. Graças a essa mentalidade ocultista babilônica, os romanos jamais tiveram qualquer dificuldade em reunir ECUMENICAMENTE todas as liturgias e todos os deuses de todos os povos bárbaros no grande PANTHEON.
Dentre tantos deuses latinos salientava-se o VATICANO. Instalaram-se os seus sacerdotes num campo próximo da antiga Roma e ali prognosticavam. Em nome do deus VATICANO proferiam seus infalíveis oráculos.
VATICANO é um nome derivado do latino VATICINIUM que quer dizer exatamente ORÁCULO, que, por sua vez, corresponde a INFALÍVEL. Do substantivo VATICINIUM decorre o verbo também latino VATICINARE (= vaticinar, predizer, augurar) e lhe são correlatas as palavras VATICINANS, VATICINATOR (= vaticinante, vaticinador). Vaticínio é predição, prognóstico.
Os adivinhos, sacerdotes do deus VATICANO, residiam naquele campo vizinho, mas fora de Roma e ali davam as suas consultas. O Imperador Calígula transformou parte daquele sítio em jardins. Nero, por seu turno, mandou depois melhorar o local e construir um circo. Os sacerdotes do deus VATICANO dos oráculos misteriosos, em seu ritualismo, exerciam a magia do próprio contexto de todo o babilonismo transferido da Caldéia para a Península Itálica. Exerciam eles a velha idolatria em decorrência do seu destino de justificar o nome de "A GRANDE BABILÔNIA" anexado ao nome MISTÉRIO da mulher prostituta. O campo vizinho de Roma onde residiam os sacerdotes do deus VATICANO e ali exerciam os ritos mágicos, ao se consumar a incorporação do catolicismo como religião destacada do império romano, nesse sítio Constantino Magno mandou edificar a basílica de São Pedro e o vasto palácio da habitação do "bispo" de Roma, o novo prognosticador, infalível vaticinador de oráculos.
Em julho de 1870, com a unificação da Itália, o soberano papal perdeu todos os territórios dos Estados Pontifícios, tornando-se perante as leis italianas e internacionais um cidadão comum. Em 11.02.1929, contudo, Benito Mussolini tirou-o dessa situação vexatória para o seu orgulho, ao criar, com o Tratado de Latrão, o Estado do Vaticano como nação independente da Itália e reconhecendo o "papa" como seu chefe político.
É do VATICANO que o "papa", o deus-vaticano do cristianismo babilonizado, profere os seus oráculos infalíveis, que, na postura de anticristo, com a sua boca vaticinante fala grandes coisas, profere palavras contra o Altíssimo (Dan 7.8,20,25) e fala como dragão (Ap 13.11). Infalível em seus vaticínios, lá do Vaticano, o atual deus-vaticano, soberano monarca da "grande Babilônia" mística, qual "papa", pai supremo, enxerta com o seu sêmen as entranhas sempre fecundas da mulher prostituta, a mulher MISTÉRIO, "mãe das prostituições e das abominações da terra", constantemente pejadas de fetos de novos dogmas e de novos ritos.
Amigo, pode ter a certeza absoluta de que o catolicismo romano é "A GRANDE CIDADE". Na condição de igreja caricaturizada é "A GRANDE CIDADE" de Apocalipse 17.18; 18.10,16,19,21), é a cidade ímpar à qual nenhuma outra se equivale. A solene "bênção" do "papa" é
URBI ET ORBI (para a CIDADE e para o mundo). Sim, ele quer abençoar o mundo inteiro. Antes, porém, abençoa a CIDADE. URBI ET ORBI!O latim URBS (URBI é o caso dativo da terceira declinação) donde procedem em nosso idioma os vocábulos urbano, urbanidade, urbanismo, urbanizar. URBS quer dizer CIDADE. E nesta locução própria dos corredores vaticanos (URBI ET ORBI) é Roma, a GRANDE CIDADE, a antítese da Nova Jerusalém. Essa expressão atribuída à "bênção" papal, ao distinguir a CIDADE do restante do orbe, identifica o sistema católico regido pelo anticristo, o "papa" com a GRANDE CIDADE de Apoc. 17.18, que outra não é senão a "GRANDE BABILÔNIA".
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