BLOG DO ADAIL

Conhecer a Deus é fundamento eterno de bem-aventurança - glória eterna. Não o conhecer é eterna perdição. Deste modo, o conhecimento de Deus é tudo: vivifica a alma, purifica o coração, tranquiliza a consciência, eleva as afeições, e santifica o caráter e a conduta. - Irmão Adail

"Ah, se pudéssemos ter mais fé num Salvador amoroso e vivo, e se pudéssemos abrir nossos corações o suficiente para receber mais do seu amor eterno, consumidor, constrangedor, penetrante; ah, se abríssemos nosos ouvidos para ouvir a doce voz do Noivo quando Ele sussura para nossas almas: "Levanta-te, meu amor, minha querida, venha, deixa as ilusões deste dia transitório. Ah, se sua voz arrebatadora pudesse alcançar nossos corações endurecidos para que tivéssemos sede e clamássemos por um relacionamento mais íntimo com o Salvador crucificado". - Pr. John Harper, que afundou com o TITANIC em 15.04.1912.

ATENÇÃO: O assento do escarnecedor pode ser muito elevado socialmente, todavia fica muito perto da porta do inferno, e logo ficará vazio.

"...prepara-te para te encontrares com o teu Deus" (Am 4.12). Como os crentes em Jesus podem viver com as malas prontas e prontos para partir? Não há mistério a este respeito; o bom senso nos deve indicar como fazê-lo. Estejamos inteiramente dedicados ao serviço de Cristo, todos os dias. Não vamos tocar no pecado com vara curta. Acertemos as contas com Deus. Vamos pensar em cada hora como uma dádiva de Deus para nós, para tirar dela o melhor proveito. Planejemos nossa vida, levando em conta setenta anos (Sl 90.10), entendendo que se o nosso tempo for menor do que esse prazo, isso não será uma privação injusta, mas uma promoção mais rápida. Vivamos no tempo presente; gozemos com alegria dos seus prazeres e abramos caminhos através de suas dores, contando com a companhia de Deus, sabendo que tanto os prazeres quanto as dores são passos na viagem para casa. Abramos toda a nossa vida para o Senhor e gastemos tempo conscientemente na companhia dEle, expondo-nos e correspondendo ao seu amor. Digamos a nós mesmos, com frequência, que a cada dia estamos mais perto. Lembremo-nos que o homem é imortal enquanto o seu trabalho não for realizado, e continuemos a realizar aquilo que sabemos ser a tarefa que Deus nos determinou para aqui e agora. Amém? - Irmão Adail

Uma única bomba devasta uma cidade, e o mundo está na era nuclear. Com a cisão de um átomo, temos um poder e uma força nunca vistos. Foguetes roncam no seu local de lançamento, e sua carga é despejada no espaço. Descobertas apenas imaginadas durante séculos são agora concretizadas à medida que começamos a explorar os confins do universo.

Vulcões, terremotos, maremotos, furacões e tufões deixam desprender sua força incontrolável e inexorável. Resta-nos procurar abrigo para mais tarde reunir aquilo que sobrou.

Poder, força, energia - observamos com admiração a exibição da natureza ou a obra do homem. Mas essas forças não se aproximam do poder de Deus onipotente. Criador de galáxias, átomos e leis naturais, o soberano Senhor reina sobre tudo o que existe e sempre será assim. Que tolice viver sem Ele, que estupidez correr e esconder-se de sua presença, e quão ridículo é desobedecer-lhe. Mas nós o fazemos. Desde o Éden estamos sempre à procura de sermos independentes de seu controle como se fôssemos deuses com o poder de controlar nosso próprio destino. E Ele tem permitido nossa rebelião. Mas, muito em breve, chegará o
DIA DO SENHOR.


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Amar os Inimigos



"Ouvistes o que foi dito:  Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.; Eu, porém, vos digo:  Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem".(Mateus 5.43-44).






Durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos, um homem chamado Wildman, de Efrata, Estado da Pensilvânia, adquiriu má reputação por ter agredido verbalmente o Pastor Peter Miller, da igreja de Dunker, na mesma cidade. Wildman alistou-se no exército. Enquanto ainda estava prestando serviço, descobriu-se que ele era um espião. Foi julgado, condenado e sentenciado à forca.
Miller ficou sabendo da sentença. Seu coração foi tocado. Caminhou 95 quilômetros até Filadélfia para interceder em favor de Wildman. Quando apresentou sua súplica perante o general George Washington, este respondeu:
- Lamento, mas não posso atender o pedido para poupar a vida de seu amigo.
- Mas, senhor, ele não é meu amigo - explicou Miller. - É meu pior inimigo.
- Quer dizer que o senhor caminhou 95 quilômetros para suplicar pela vida de seu inimigo? Isso coloca a questão sob um ângulo totalmente diferente. Vou deferir seu pedido.

Washington assinou o documento de perdão e entregou-o a Miller, que caminhou mais 25 quilômetros até onde Wildman se encontrava aguardando a execução. Quando Wildman viu que Miller se aproximava, comentou sarcasticamente com seus companheiros de sentença:

- Lá vem chegando o velho Peter. Veio para assistir ao meu enforcamento.

Nem bem Wildman havia acabado de dizer isso, quando Miller se enfiou pela multidão e entregou ao homem condenado o documento que o perdoava.

"Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34).

 Wilfred T. Grenfell, famoso médico missionário, nasceu em 1865. Em 1892, ainda na faixa dos vinte anos, ele dedicou sua vida ao povo da costa oriental do Canadá, onde serviu ao seu Senhor até cinco anos antes de sua morte, em 1940. Certa vez, quando lhe perguntaram o que o havia influenciado para que dedicasse a vida ao trabalho cristão humanitário naquela fria e agreste região do Labrador, eis a razão que ele deu:

Certa noite, uma senhora foi levada para a sala de emergência do hospital onde ele trabalhava. Era evidente que não havia esperança de vida para ela. Segundo o depoimento de testemunhas, o marido dela havia chegado bêbado em casa e, num ímpeto de ira, jogara contra ela um lampião aceso de querosene. Os vizinhos chamaram a polícia. O marido, que começava a ficar sóbrio, e um oficial foram até o leito onde ela se encontrava. O oficial curvou-se e perguntou àquela senhora exatamente o que havia ocorrido. A princípio ela recusou-se a dizer qualquer coisa, mas ele insistiu. Por fim, ela simplesmente disse: "Senhor, foi apenas um acidente." E morreu pouco depois.

Grenfell disse que se o amor podia perdoar uma agressão daquela magnitude, ele queria seguir o exemplo de Jesus e dedicar a vida ao ministério em favor dos outros. Será que o perdão daquela senhora exerceu um efeito semelhante sobre o marido? Não sabemos, mas vamos esperar que sim.

Perdoar aqueles que nos ofenderam, aqueles que sob um ponto de vista humano não merecem perdão, pode exercer um poderoso efeito para o bem. Quando Jesus perdoou aqueles que O crucificavam, causou uma impressão profunda em muitos dos responsáveis por Sua morte. Atos 6:7 diz que, subseqüentemente, "muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé".

Algo semelhante pode ter acontecido quando Estêvão perdoou aqueles que o apedrejaram até à morte (ver Atos 7:58-60). Não é improvável que a conversão de Saulo tenha brotado daquela experiência.

Quando você e eu fazemos como Jesus fez, e perdoamos espontaneamente aqueles que nos magoaram, o efeito sobre eles também pode ser o mesmo - mas não conte com isso. Afinal de contas, nosso objetivo na vida como cristãos é seguir o exemplo de Cristo, e não fazer com que os outros se sintam mal por ter-nos prejudicado.

"Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo" (Sal. 32:1 e 2).

Dois dias antes do Natal, Frank e Elizabeth Morris receberam um telefonema dizendo-lhes que seu filho único, Ted, de 18 anos de idade, havia sido ferido num grave acidente. A pessoa os instruía a procurar com urgência um grande hospital em Nashville, Estado do Tennessee. Quando chegaram ao hospital, um neurocirurgião lhes deu a triste notícia: Ted estava morto.

No dia seguinte, na delegacia, o casal Morris ficou sabendo que o outro motorista, Tommy Pigage, havia sofrido apenas ferimentos leves. Por ocasião do acidente, o seu nível de álcool no sangue estava três vezes acima do limite legal. Ele foi acusado como assassino, mas depois de confessar-se culpado a acusação foi reduzida para homicídio culposo. Meses mais tarde, foi sentenciado a apenas cinco anos de sursis com a estipulação de que, se violasse a sentença, teria de cumprir uma pena de dez anos na prisão. Dizer que o casal Morris (especialmente Elizabeth) ficou revoltado com uma sentença tão branda, é dizer pouco.

Mais tarde, numa reunião de mães para protestar contra o ato de dirigir sob a influência do álcool, Elizabeth ouviu Tommy contar que, ao saber da morte de Ted, ele não conseguira parar de chorar. Alguns dias mais tarde, entretanto, ele foi apanhado bebendo e levado para cumprir sua pena de dez anos.

Apesar das emoções contraditórias, Elizabeth, uma cristã, começou a visitar Tommy na cadeia. Um dia, enquanto conversavam, ele implorou perdão.

- Eu lhe perdôo - respondeu Elizabeth, acrescentando: - e gostaria que você me perdoasse por eu tê-lo odiado.

- Ah, Sra. Morris, é claro - disse ele com emoção.

Numa visita posterior, Tommy contou a Elizabeth que queria muito parar de beber, mas não conseguia. Ela lhe garantiu que ele poderia, com a ajuda de Deus. E ele conseguiu!

No dia 12 de janeiro de 1985, Tommy foi batizado. Mais tarde, ficou em liberdade condicional. O casal Morris começou a levá-lo para seu lar e a tratá-lo como filho. Escrevendo para a edição de janeiro de 1986 da revista Guidepost, Elizabeth disse que, depois disso, começou a sentir a paz que só Deus pode dar. E Tommy? Ele é uma pessoa diferente!

É isso que pode acontecer quando perdoamos - e somos perdoados.

O rei chamou à sua presença o homem que ele havia perdoado, e disse: "Seu malvado miserável! Eu lhe perdoei aquela dívida enorme, só porque você me pediu - você não devia ter pena dos outros, do mesmo modo como eu tive de você?" Então o rei, irado, mandou o homem ser duramente castigado, até pagar o último centavo que devia. Assim meu Pai celeste fará, se vocês se recusarem a perdoar verdadeiramente os seus irmãos. Mat. 18:32-35 (A Bíblia Viva).


 Alguns anos atrás, um homem do Estado de Kentucky, EUA, chamado Lucien Young, soube que um velho amigo dele, Samuel Holmes, se encontrava numa penitenciária e ainda tinha mais oito anos de pena por cumprir. Dirigindo-se à prisão, Lucien perguntou ao carcereiro se poderia conversar com seu velho amigo. Recebeu permissão. Por quase duas horas os dois conversaram e riram, recordando algumas de suas travessuras da juventude.

Posteriormente Lucien, que era bom amigo do governador Blackburn, foi à mansão do Executivo e pediu que o governador perdoasse o seu amigo. O governador pediu o prazo de uma semana para pensar no assunto. Quando a semana terminou, Lucien retornou ao escritório do governador.

- Aqui está o perdão - disse o governador, estendendo o documento a Lucien. - Mas antes de entregá-lo a Samuel, quero que você converse mais algumas horas com ele. Se ao final da conversa você achar que ele deve mesmo ser perdoado, eu lhe concederei a liberdade condicional, desde que você se responsabilize.

- Entendido - disse Lucien.

Lucien correu à prisão e mais uma vez obteve licença para conversar com seu amigo. Durante o transcorrer da visita, Lucien perguntou casualmente:
- Sam, quando você sair daqui, eu gostaria que se tornasse meu sócio. Concorda? Posso até ver se consigo tirá-lo daqui antes do término de sua pena.
Sam ficou em pé e caminhou um pouco de um lado para outro. Quando voltou a falar com Lucien, disse:
- Está bem. Mas antes de qualquer outra coisa, terei de resolver um negócio.
- Que negócio, Sam?
- Primeiro, vou matar o juiz e depois a testemunha que me mandou para cá.

Lucien saiu da prisão e devolveu ao governador o documento do perdão. Você o censuraria?
Se nós não perdoamos aos outros, seria de admirar que Deus revogasse o perdão que nos concede? (Ver Eze. 18:24 e 25.)

"Zaqueu se levantou e disse ao Senhor: Senhor, resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, restituo quatro vezes mais" (Luc. 19:8).


 O perdão envolve o princípio da restituição, sempre que existir a possibilidade de conserto. Há alguns erros pelos quais se pode fazer restituição completa; há outros pelos quais se pode fazer uma restituição parcial; mas outros ainda existem pelos quais nunca se pode fazer uma reparação. Estes podem ser muito complexos.

No caso de uma pessoa que tenha tirado a vida de um indivíduo sem parentes vivos, é obviamente impossível fazer qualquer tipo de reparação. Mas veja o caso de um homem que comete adultério com uma mulher casada e depois nasce uma criança. Como é que o adúltero faz restituição a sua esposa? Ao marido traído? A seus próprios filhos? À criança que nasceu dessa união adúltera? Casos como esse são de difícil solução.
Qual é o remédio? Deve a pessoa ficar pelo resto da vida sentindo culpa por não poder nunca fazer a expiação de seu erro? Ou é suficiente que diga: "O Senhor me perdoou, e isso é tudo o que interessa; não tenho mais o que fazer"? Ou deve a pessoa, depois de pedir o perdão de Deus e o de todas as partes envolvidas, colocar a questão nas mãos dEle, disposta a fazer o que o Senhor orientar, no momento em que Ele o fizer? Acho que a resposta é obvia. E esse princípio aplica-se a todos os casos nos quais a pessoa deseja fazer restituição.

"Assim diz o Senhor Deus: Ainda que os lancei para longe entre as nações, e ainda que os espalhei pelas terras, todavia lhes servirei de santuário, por um pouco de tempo, nas terras para onde foram" (Ezequiel 11:16).

Santuário é um lugar onde Deus habita. Quando Ele deu a Moisés instruções para a construção do tabernáculo, disse: "E Me farão um santuário, para que Eu possa habitar no meio deles." Êxo. 25:8. Mais tarde, no tempo de Salomão, uma estrutura muito maior, construída com pedras, substituiu a habitação de Jeová que se assemelhava a uma tenda.
Como sacerdote (Eze. 1:3), Ezequiel deve ter conhecido bem o "primeiro templo" e seus serviços, bem como o fato de que no Santíssimo habitava a glória do Shekinah - a manifestação visível da presença de Deus. Devido à apostasia e rebelião, entretanto, o povo judeu havia sido levado em cativeiro; o "primeiro templo" jazia em ruínas e - Icabode! - fora-se a glória.
Agora, vivendo em terra estrangeira, muitos desses cativos tinham começado a refletir sobre o modo vergonhoso como haviam tratado a Deus. Teria Ele resolvido abandoná-los para sempre? Ainda haveria esperança? Foi nessa conjuntura que o Deus da misericórdia, por meio de Ezequiel, garantiu a Seu errante povo que não os havia abandonado por completo. Na expressão usada em nosso texto, Ele afirma ao povo que na distante terra de seu cativeiro Ele mesmo lhes seria "um santuário". Que consolo deve ter isso representado para Ezequiel e seus companheiros de exílio!
Uns 56 anos mais tarde, o povo escolhido foi restituído à Terra Prometida, e finalmente o templo e seu santuário foram reconstruídos. Uma vez mais, entretanto, o povo judeu retrocedeu para a apostasia e chegou ao ponto de rejeitar o próprio Messias. Como resultado, a sua "casa" ficou "deserta". Mateus 23:38.

Não existe mais sobre a Terra um santuário especial onde a presença de Deus se manifeste visivelmente. Deus, entretanto, não abandonou Seu povo. Ainda hoje Ele pode ser um santuário para você e para mim. Não importa que moremos num palácio, numa casa humilde, numa cela de prisão ou mesmo que não tenhamos um teto; Deus promete estar conosco "todos os dias até à consumação do século". (Mat. 28:20). Quão gratos devemos ser a Deus porque Ele ainda pode ser um "santuário" para nós!

"Naquele dia o Senhor tornará a estender a mão para resgatar o restante do Seu povo, que for deixado" (Isaías 11:11).

Na batalha de Bunker Hill, travada no dia 17 de junho de 1775, as forças sob o comando do Coronel William Prescott revelaram notável bravura diante dos soldados britânicos. Assim, quando Prescott ordenou que seus homens continuassem lutando até que pudessem "ver o branco dos seus olhos", muitos foram obedientes até à morte. Mas nem todos os americanos tiveram tanta coragem naquele dia. Depois da batalha, o Capitão John Callender, da milícia de Massachusetts, foi acusado de "covardia diante do inimigo".
Depois que George Washington assumiu o comando do Exército Continental em Cambridge, Estado de Massachusetts, no dia 3 de julho de 1775, um de seus primeiros atos foi enviar o Capitão Callender à corte marcial. No final daquela desagradável circunstância, Callender foi expulso do exército, passando pela maior vergonha.

Mas não foi esse o fim da história. Callender alistou-se novamente como pracinha e, um ano mais tarde, durante a perigosa retirada de Washington após a batalha de Long Island, demonstrou uma coragem tal que o general revogou publicamente a sentença e restituiu-lhe a posição de oficial em seu exército.
 



sábado, 26 de fevereiro de 2011

Será Que Amar é Fácil ?



Esta história é sobre um soldado que finalmente estava voltando para casa, após a terrível guerra do Vietnã. . .

Ele ligou para seus pais, em São Francisco, e lhes disse:

- Mãe, Pai, eu estou voltando para casa, mas, eu tenho um favor a lhes pedir.
- Claro meu filho (emocionados), peça o que quiser!
- Eu tenho um amigo que eu gostaria de trazer comigo.
- Claro meu filho, nos adoraríamos conhecê-lo!
- Entretanto, há algo que vocês precisam saber, ele foi terrivelmente ferido na última batalha, sendo que ele pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna. O pior é que ele não tem nenhum lugar para onde ir e, por isso, eu quero que ele venha morar conosco.
- Eu sinto muito em ouvir isso, filho, nós talvez possamos ajudá-lo a encontrar um lugar onde ele possa morar e viver tranqüilamente! (assustados).
- Não, mamãe e papai, eu quero que ele venha morar conosco! (emocionado e muito nervoso)
- Filho, disse o pai, você não sabe o que está nos pedindo. Alguém com tanta dificuldade, seria um grande fardo para nós. Nós temos nossas próprias vidas e não podemos deixar que uma coisa como esta interfira em nosso modo de viver. Acho que você deveria voltar para casa e esquecer este rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo (constrangidos).

Neste momento, o filho bateu o telefone. Os pais não ouviram mais nenhuma palavra dele. Alguns dias depois, no entanto, ele receberam um telefonema da polícia de São Francisco. O filho deles havia morrido depois de ter caído de um prédio. A polícia acreditava em suicídio. Os pais angustiados voaram para São Francisco e foram levados para o necrotério a fim de identificar o corpo do filho. Eles o reconheceram, mas, para o seu horror, descobriram algo que desconheciam: O filho deles tinha apenas um braço e uma perna.

Os pais, nesta história são como muitos de nós. Achamos fácil amar aqueles que são bonitos ou divertidos, mas, não gostamos das pessoas que nos incomodam ou nos fazem sentir desconfortáveis.
De preferência, ficamos longe destas e de outras que não são saudáveis, bonitas ou "espertas" como "nós acreditamos que somos".

Graças a DEUS por nos enviar Seu Filho Jesus Cristo que não nos trata desta maneira. Alguém que nos ama com um amor incondicional, que nos acolhe dentro de uma só família. Esta noite, antes de nos recolhermos, façamos uma pequena oração para que DEUS nos dê a força que precisamos para aceitar as pessoas como elas são, e ajudar a todos, a compreender aqueles que são diferentes de nós. Há um milagre chamado AMIZADE, que mora em nosso coração. Você não sabe como ele acontece ou quando surge. Mas, você sabe que este sentimento especial aflora e você percebe que a AMIZADE é o presente mais precioso de Deus.

Amigos são como jóias raras. Eles fazem você sorrir e lhe encorajam para o sucesso . Eles nos emprestam um ouvido, compartilham uma palavra de incentivo e estão sempre com o coração aberto para nós. Mostre aos seus amigos o quanto você se importa e é grato a eles.

"...há um amigo mais chegado do que um irmão" (Prov. 18.24).

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Albert Einstein, o Gênio do Século XX


Einstein nasceu na Alemanha, na cidade de Ulms (Württemberg), em 1879, e faleceu nos USA, em 1955. Ele teve alguns parentes pelo lado materno aqui no Brasil. Foi Diretor do Instituto de Física Kaiser Wilhelm, em Berlim.


Quando os nazistas o depuseram do cargo que ali ocupava, ele emigrou para os USA, onde se tornou professor e membro permanente do Institute for Advanced Study (Instituto para Estudos Avançados) em Princeton (New Jersey), tendo se especializado em estudos teóricos de massa e energia. Durante a II Guerra Mundial ele trabalhou para a Marinha Americana.

Certa vez, ele se perdeu no caminho de casa. Pediu permissão para telefonar e como tinha esquecido o número do telefone, pediu para o dono da casa olhar no catálogo, ao que este respondeu: “esse nome não está no catálogo...”

Quando ele soube que os nazistas haviam colocado um preço de 5 mil Marcos pela sua cabeça, comentou, admirado: “puxa, eu não sabia que minha cabeça valia tanto!”

Vamos ler alguns pensamentos de Einstein, que se notabilizou com as suas Teorias da Relatividade, cuja fórmula famosa é E=mc2:

01. - Não existe nenhum caminho lógico para o descobrimento das leis elementares - o único caminho é a intuição.

02. - A verdade é descoberta pela intuição precedida pela análise.

03. - O mundo dos fatos não conduz a caminho algum para o mundo dos valores - estes vêm de outra região.

04. - Deus não joga dados com o mundo; Ele é sutil, mas não é maldoso.

05. - Deus é a Lei e o Legislador do Universo.

06. - O homem erudito é um descobridor de fatos - mas o homem bom é um criador de valores, os quais não existiam, mas ele faz existirem.

07. - Se eu, em algum livro, disse o que não é verdade, não estou disposto a brigar com Deus por não ter Ele feito o mundo assim como eu disse.

08. - Saber que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional, radiantemente belo, algo que compreendemos apenas de forma rudimentar – é esta a experiência que conduz a uma atitude genuinamente religiosa. Neste sentido e somente neste, é que eu pertenço aos homens profundamente religiosos.

09. - Tenho a firme convicção de que nenhuma riqueza de bens materiais pode fazer progredir o homem, mesmo que ele esteja nas mãos de homens que demandam uma meta superior. Pode alguém imaginar Moisés, Jesus... armados de um saco de dinheiro...?

10. - O silêncio é receita; o ruído é despesa.

11. - Esta nossa pobre humanidade hodierna está permanentemente falida.

12. - Basta uma concentração mental de 100%, para que se conheça, sem qualquer experiência empírico-analítica, as verdades da natureza...

13. - Todas as coisas deste mundo são lucigênitas e, por isso mesmo, lucificáveis.

14. - O espaço é curvo... a menor distância entre dois pontos não é a linha reta.

15. - O amor é a mais alta razão (Die Liebe is the höchste Vernunft).

16. - O universo é finito, porém ilimitado... tem forma cilíndrica, não esférica.

17. - Uma quarta dimensão, o tempo, é acrescentada às três dimensões conhecidas de comprimento, largura e espessura.

18. - Se eu não fosse judeu seria um quacker.

19. - Somente a intuição é que atinge a alma do universo.

20. - A ciência sem a religião é paralítica – a religião sem a ciência é cega.

21. - O meu ideal político é a democracia. Seja cada homem respeitado como um indivíduo - mas nenhum idolatrado. É uma ironia da sorte que eu mesmo tenha sido alvo de excessiva admiração e reverência por parte de meus semelhantes, sem merecimento nem culpa alguma de minha parte.

Agora vamos ler carta que Einstein enviou ao Presidente Roosevelt, quando os USA ainda estavam engatinhando nos meandros da bomba atômica.

Carta de Albert Einstein ao Presidente Franklin Delano Roosevelt

Senhor:


Algumas obras recentes de E. Fermi e L. Szilard, as quais me foram comunicadas em manuscrito, me levam a esperar que o elemento urânio possa ser transformado em uma nova importante fonte de energia, num futuro próximo.


Certos aspectos expostos dessa situação parecem exigir nova consideração e, se necessário, rápida atenção da parte da Administração. Portanto, creio ser meu dever levar à sua atenção os seguintes fatos e recomendações:


Ao longo dos últimos quatro meses, tem-se tornado provável, apesar da obra de Jolliot na França, bem como a de Fermi e Szilard, na América, ser possível realizar uma reação nuclear em cadeia, numa grande massa de urânio, através da qual vasta soma de poder e grandes quantidades de novos elementos semelhantes ao radium poderiam ser gerados. Agora é quase certo que isso poderia ser alcançado num futuro próximo.


Esse novo fenômeno também conduziria à construção de bombas e é concebível – embora não totalmente certo – que bombas extremamente poderosas desse tipo pudessem ser construídas. Uma só bomba desse tipo, carregada em barco ou explodida num porto, poderia muito bem destruir todo o porto, junto com algum território ao redor do mesmo. Contudo, tais bombas poderiam muito bem ser, provavelmente, pesadas demais para o transporte aéreo.


Os USA possuem apenas muito escassas reservas de urânio e em quantidades moderadas. Existem algumas boas reservas no Canadá e na ex-Tchecoslováquia, embora as fontes mais importantes estejam no Congo Belga.


Tendo em vista tal situação, talvez o Sr. considere desejável manter algum contato permanente entre a Administração e o grupo de físicos trabalhando nas reações em cadeia, na América. Um meio possível de consegui-lo seria o Sr. confiar a tarefa a uma pessoa de sua confiança, a qual talvez pudesse servir numa capacidade extra-oficial. Sua tarefa poderia compreender o seguinte:


A – Aproximar os departamentos do governo, conservando-os informados do desenvolvimento futuro, passando à frente a recomendação do governo, com atenção especial ao problema de assegurar um suprimento de reserva de urânio para os USA.


B – Apressar a obra experimental, a qual está sendo atualmente levada a efeito dentro dos limites do laboratório da Universidade, seria o caso de prover fundos, caso sejam estes requeridos, através dos seus contatos com pessoas particulares, as quais estejam querendo contribuir para essa causa, e ainda, talvez, obter a cooperação de laboratórios industriais, que possuam o necessário equipamento. Entendo que a Alemanha tenha recentemente suspendido a venda do urânio das minas da Tchecoslováquia, das quais ela se apoderou. O fato de ter ela tomado essa decisão tão recente talvez possa ser explicado pela hipótese de que o filho do Subsecretário de Estado Alemão, von Weizsacher, esteja ligado ao Instituto Kaiser Wilhelm, de Berlim, onde alguma coisa da obra americana está sendo agora repetida.


Sinceramente,


Albert Einstein.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Advogado de Defesa


"Estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto Pai, Jesus Cristo, o justo" (1 João 2:1).

Uma das mais emocionantes defesas de toda a história foi a que Judá fez para livrar Benjamim. Você recorda que Judá havia sido o instigador da conspiração para vender José como escravo, mas nos anos subseqüentes ele se convertera. Agora, diante de José, a quem ele não reconhece, implora para que Benjamim possa retornar a seu idoso pai (ver Gên. 37-45).

No clímax de seu discurso, Judá diz: "Teu servo se deu por fiador por este moço para com meu pai, dizendo: Se eu o não tornar a trazer-te, serei culpado para com meu pai todos os dias. Agora, pois, fique teu servo em lugar do moço por servo de meu senhor, e o moço que suba com seus irmãos. Porque como subirei eu a meu pai, se o moço não for comigo? para que não veja eu o mal que a meu pai sobrevirá." Gên. 44:32-34.

Que mudança em Judá! Que "mudança" em José, por causa da defesa de Judá! "José não podia mais agüentar tudo aquilo." Gên. 45:1, A Bíblia Viva. Enquanto testava seus irmãos, José parecia severo. Mas tendo eles passado no teste, José revelou abertamente o amor por seus irmãos - um amor que ele havia mantido aquele tempo todo.

O Pai, diante de quem nosso Advogado defende nossos casos, pode parecer severo, assim como José. A justiça precisa ser executada, mas temos a certeza de que o próprio Pai nos ama (ver S. João 16:27). Assim, concluído o último julgamento, tendo satisfeito as exigências da justiça perante o Universo, Deus revela abertamente o Seu amor por aqueles que passaram no teste. (Ver Apoc. 20:11 a 21:5.).

"Tomará açguém fogo no seio, sem que suas vestes se incendeiem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés? (Prov. 6.27-28).

Você já ouviu falar de pessoas que andam sobre brasas e não se queimam? Talvez você já tenha visto, filmes de hindus que caminham sobre brasas vivas, aparentemente negando o adágio de Salomão. Não sabemos como o fazem; cremos, no entanto, que de certa forma são ajudados pelo grande enganador.

Fred Hardin, certo aluno da Universidade de Potomac, assistiu a uma cerimônia dessas no Sri Lanka, a qual confirmou a observação de Salomão. Ele e um missionário de outra denominação viram alguns homens desses caminharem sobre brasas extremamente quentes, sem sofrerem nenhum dano aparente em seus pés. O companheiro de Hardin decidiu fazer uma tentativa semelhante.

Talvez tenha reclamado presunçosamente a promessa: "Quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti." Isa. 43:2, cf. Lev. 18:21. Tirou os sapatos e as meias, dirigiu-se ao terreno incandescente e, no instante seguinte, estava saindo aos pulos, com os pés gravemente queimados.

As metáforas de Salomão em nosso texto referem-se ao sexo ilícito. Sabemos disso porque no versículo 29 ele fala do homem que comete adultério com a "mulher do seu próximo".

Certo missionário foi a um país no qual a prostituição imperava, achando que Deus o estava chamando especialmente para ministrar às mulheres da rua. Foi advertido quanto ao perigo de envolver-se, mas ignorou as palavras de cautela - e durante algum tempo obteve grande sucesso. De tempos em tempos, relatava à sua esposa as maravilhosas vitórias que estava alcançando e as almas já conquistadas. Ela suplicava para que ele parasse com aquilo, mas foi em vão. Finalmente, o obreiro precisou deixar o campo missionário por ter caído em tentação.

Salomão está certo, sim. Não se pode brincar com o fogo do qual ele fala, sem acabar sofrendo graves queimaduras. O melhor rumo a seguir é permanecermos afastados tanto quanto possível desse tipo de fogo "estranho".

"O Meu povo cometeu dois pecados terríveis: eles Me abandonaram, a Mim, a Fonte da água da Vida, e construíram para si poços furados, que não prendem a água!" Jer. 2:13 (A Bíblia Viva).

Petra, a antiga capital dos edomitas, a cidadela daquele povo situava-se numa colorida mesa de arenito, cujo topo inclinava-se na direção de um brusco declive. Pequenos canais tinham sido feitos no arenito para conduzir a água da chuva a várias cisternas escavadas perto do declive. Aqueles reservatórios agora estavam totalmente secos, incapazes de reter água - se devido a terremotos ou à passagem do tempo, não sabemos.

Em nosso verso, a água representa a verdade. O povo nos dias de Jeremias tinha abandonado a Deus, a Fonte da verdade, substituindo-O por deuses falsos e práticas religiosas associadas a eles. As mensagens de Jeremias tencionavam despertar o povo para a sua necessidade do Deus verdadeiro.

Muitos anos atrás, uma casa perto de Bucyrus, Estado de Ohio, nos Estados Unidos, foi atingida por um raio. Em menos tempo do que se leva para contar a história, o raio queimou uma trilha pelos beirais da casa, através das calhas e para dentro da cisterna. Por sorte a casa não pegou fogo. Não muito tempo depois da tormenta, um dos filhos daquela família foi encarregado de pegar um balde de água e ele descobriu que a cisterna estava seca. Um exame mostrou que o raio havia queimado um buraco no fundo da cisterna, fazendo com que a água vazasse.

Quando o pai desceu para vedar o vazamento, ouviu um som de água corrente. Depois de uma investigação, descobriu um lençol de água subterrâneo. Foi cavado um poço onde havia existido a cisterna, e daquele dia em diante a família teve abundância de água fresca, pura e límpida. Perderam uma cisterna, mas ganharam uma fonte inesgotável de água viva.

"Porém, se não fizerdes assim, eis que pecastes contra o Senhor; e sabei que o vosso pecado vos há de achar" (Núm. 32:23).

No tempo em que piratas e corsários singravam o Mar das Antilhas, o navio de guerra britânico "Sparrow" suspeitou que o brigue "Nancy" estava carregando contrabando e mandou-o parar ao largo da costa do Haiti. Um exame dos documentos e da carga revelou apenas evidência circunstancial. Apesar disso, o capitão do "Sparrow" achou que tinha motivo suficiente para rebocar o "Nancy" ao porto de Kingston, na Jamaica, e acusar o comandante e a tripulação de transporte ilegal de carga.

Enquanto isso, o oficial responsável por uma barca auxiliar da fragata britânica "Abergavenny", que por acaso singrava as mesmas águas, observou que vários tubarões se alimentavam de um novilho morto. Decidiu tentar apanhar um dos predadores por esporte e ordenou que o navio se colocasse ao lado do animal morto. Os marinheiros conseguiram arpoar um dos tubarões.

Trazendo-o a bordo, abriram-no e descobriram em seu estômago um maço de papéis. Uma verificação revelou que pertenciam ao "Nancy". Certo de que aqueles documentos seriam úteis, o comandante rumou para Kingston.

O "Abergavenny" chegou ao porto não muito tempo depois que o "Nancy" começou a ser julgado. O comandante e a tripulação deste, bem como seus advogados, tinham certeza de que o caso seria arquivado por falta de provas. Mas qual não deve ter sido a sua consternação ao verem de repente os documentos encontrados na barriga do tubarão! Em vez de serem absolvidos, foram condenados.

"Todos pecaram." Rom. 3:23. Sabemos disso. Também sabemos que há evidências abundantes contra nós. Não importa quão bem escondidos julguemos estar os nossos erros, a menos que sejam confessados, perdoados e abandonados, um dia eles nos acharão - se não nesta vida, então no dia do juízo (Ecle. 12:14). "Os pecados de alguns homens são notórios e levam a juízo, ao passo que os de outros, só mais tarde se manifestam." I Tim. 5:24.

Ao procurar deixar as coisas em ordem na sua vida, permita que o Senhor o guie. Não seja apressado nem tardio, mas deixe que Ele o dirija passo a passo.

"Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que vos não ouça" (Isaías 59:1 e 2).

Será que Deus realmente ouve nossas orações? É lógico que ouve! "O que fez o ouvido, acaso não ouvirá?" Sal. 94:9. Por que, então, Ele nem sempre nos responde?

Quando Deus parece não ouvir nem atender nossas orações, há duas razões: ou nossas preces são impedidas por algum pecado acariciado (ver I Ped. 3:7; Isa. 59:1 e 2) ou pedimos com motivos errados (ver Tiago 4:3). Em outras palavras, nós pedimos, mas não segundo a vontade de Deus (I João 5:14).

Assim, se você quiser que Deus sempre ouça e atenda suas orações, confesse e abandone pecados conhecidos e submeta sua vontade à dEle, compreendendo que Ele sabe o que é melhor.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

(Heresias) - Xamanismo



Atração. Sem dúvida, esta é a palavra-chave para explicar o porquê de tamanha aderência popular às práticas xamânicas.


Mas o que é o xamanismo e por que ele atrai tanto? Segundo a Encyclopaedia Britannica do Brasil, o xamanismo é um conjunto de crenças ancestrais e tem suas origens na cultura dos povos aborígines: “A mais pura expressão do xamanismo se encontra entre povos do Ártico e da Ásia central, mas o fenômeno aparece também no Sudeste Asiático, na Oceania e mesmo entre povos indígenas da América do Norte”. Nas tribos indígenas do Brasil, o pajé, o chefe espiritual, é um misto de sacerdote (xamã), profeta e médico feiticeiro.

Os adeptos desta “filosofia” alegam que, desmembrado em suas práticas, rituais e tradição, o xamanismo possui milhares de anos. Apesar de sua antiguidade, como observaremos nesta matéria, esta manifestação de religiosidade em nada difere dos movimentos esotéricos já conhecidos por todos nós. Mesmo assim, insistimos em elucidar mais esta expressividade religiosa com a finalidade de explicitar em que sentido podemos identificar o xamanismo como mais um porta-voz esotérico. “A palavra esoterismo [...] é sinônima de ocultismo e está relacionada com a doutrina que se oculta das pessoas em geral e se revela apenas aos iniciados”.1 Dessa forma, as “magias xamanistas” não estão liberadas a quaisquer pessoas que queiram dela fazer uso, pois este “mundo espiritual” reserva suas revelações apenas aos “sábios” xamãs. Vejamos quem são eles.

Xamãs entre florestas e prédios

Assim como na crença gnóstica havia os aeons, intermediários espirituais entre o homem e Deus, no xamanismo há um intermediário humano, entre o homem e o mundo espiritual: o xamã. A palavra xamã deriva do dialeto tungue2, saman, do sânscrito, sramana e do pali, samana, e significa “o homem inspirado pelos espíritos” Resumidamente, o xamã típico das tribos indígenas é uma espécie de sacerdote, com poderes espirituais “maiores” do que os iniciados em geral, com autoridade para conduzir os rituais da comunidade e até efetuar curas à base de ervas medicinais e/ou alucinógenas, peculiaridade expoente no bojo místico xamânico. Esses seriam os traços do xamã que encontramos em meio às nossas exóticas e exuberantes florestas. Mas é possível encontrar um outro tipo de xamã, entre os prédios urbanos, em meio ao caos das metrópoles, os quais poderíamos denominar de “xamãs urbanos”. Na realidade, esta nova “categoria” de xamanismo é uma adaptação das referidas práticas ancestrais indígenas.

Em um site dedicado especificamente ao assunto, lemos acerca da origem do xamanismo urbano nos seguintes termos:

“Em 1960, inicia-se o movimento de retorno ao xamanismo, quando figuras como Carlos Castanheda e Michael Harner, ambos antropólogos, publicam as primeiras manifestações científicas sobre o fenômeno. Michael Harner é iniciado como xamã nos Andes equatorianos por uma xamã jivaro. A partir desse momento, ele começa sua caminhada no objetivo de trazer ao mundo moderno os conhecimentos tão antigos e há tanto tempo arquivados em nossa memória. Passa a difundir seu trabalho nas universidades americanas, principalmente na Universidade de Columbia. Por meio de uma fita cassete, leva o som do tambor a seus alunos, que entram em estado alterado de consciência xamânica. É o despertar dos neoxamãs, também chamados xamãs urbanos que praticam os conhecimentos nativos na selva de pedra”.3

Xamãs de verde e amarelo

Diante da vastidão geográfica que a doutrina xamânica atinge, é pertinente conhecermos quem são os mais ativos “evangelistas” xamãs brasileiros. Entre vários representantes, os xamãs urbanos que destacamos são: Carminha Levy, fundadora da primeira escola de xamanismo do Brasil, a “Paz Géia – Instituto de pesquisa xamânica” (1990), e Léo Artese, fundador do “IEC – Instituto para expansão da consciência”.

Os propagadores teóricos desta crença apresentam algumas razões para buscar o “caminho da vida” no xamanismo: aquisição de autoconhecimento, comunicação com realidades ocultas, introvisões de grande significado e transformações de profundas proporções na vida.

Todas estas “bênçãos” o homem conseguiria, supostamente, por seu próprio esforço, bastando, para isso, muito treinamento e a liberação do poder espiritual que cada ser tem dentro de si. Chegando a este teor de espiritualidade, o homem estará realizado. Neste caso, o que importa para os xamãs é o poder mental para que possam se libertar de seu corpo e viajar com sua alma por lugares os mais diversos e desconhecidos em busca de sabedoria, conhecimentos e soluções para a vida.

A seguir, propomos uma verificação das principais idéias xamanistas defendidas por seus arautos:

Prerrogativas xamânicas

Antiguidade e ancestralidade

Declaram que o xamanismo é a forma mais antiga de conexão entre o homem e o sagrado. É um conjunto de crenças ancestrais perpetuado oralmente. Alegam que havia uma época em que os seres humanos se encontravam em um estado de inconsciência e precisavam se libertar desta condição, o que aconteceu quando o próprio homem descobriu que tinha o poder de libertar a sua mente dessa situação.

Logicamente, este conceito eleva o homem a um patamar não permitido por Deus, tornando-o auto-suficiente e independente do Divino. Este fator nos remete ao período edênico, quando a serpente convenceu o casal Adão e Eva a pecar: “... e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gn 3.4,5).

Conforme a teoria xamanista, o homem não precisa nem depende de Deus para se realizar fisicamente e espiritualmente, mas somente de si mesmo, porém, biblicamente, o oposto é que é verdadeiro (Gn 1.27,28). Primeiro Deus criou a raça humana, depois a abençoou e lhe delegou tarefas e atribuições. Como, então, não dependemos de Deus? Esta é a costumeira mania do ser humano de querer extrair Deus de seu cotidiano e confiar somente em si próprio. Somos advertidos acerca disto: “Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!” (Jr 17.5).

Medicina e filosofia

Os xamãs qualificam suas práticas como sendo as mais antigas práticas médicas e filosóficas da humanidade. Seus adeptos não aceitam a classificação “religião” para o xamanismo, que deve ser interpretado como uma filosofia, um sistema de vida. Sendo assim, não há restrição para se tornar um praticante das teorias xamânicas, bastando, para isso, “sentir” a chamada que “grita” do interior de cada pessoa. Estas pessoas podem ser detectadas nas várias classes sociais. Entre elas, médicos, estudantes, psicólogos, advogados, donas de casa, espiritualistas, místicos, executivos e pessoas das mais diversas crenças. O que podemos perceber é que neste sistema de pensamento fica patente uma tendência para o sincretismo religioso. A idéia é a seguinte: para que alguém seja iniciado nestas práticas, não importa a religião que professa (se bem que os estudiosos e praticantes desse grupo tem o xamanismo como filosofia e não como religião). Todos são bem-vindos. Entretanto, Jesus afirmou que Ele é o “único caminho” (Jo 14.6), o que aniquila todas as possibilidades de encontrar a saída para o dilema espiritual humano em práticas anticristãs.

Como sabemos, não são poucos os movimentos ditos filosóficos, ao longo de toda a história, que perturbaram (e hão de permanecer “ameaçando”) o verdadeiro cristianismo com suas idéias e teses. A Igreja de Cristo, logo no seu início, teve de enfrentar os legalistas judeus (At 15.1,2). Após o grande triunfo na desvinculação do cristianismo do judaísmo, seguiu-se uma série de idéias e escolas filosóficas que viriam a sacudir a fé cristã. Dentre vários movimentos e crenças, destacamos, por exemplo, o gnosticismo e o montanismo. Os gnósticos (séc. 1º), que a princípio constituíam apenas um movimento herético dentro das igrejas cristãs, se transformaram em uma seita que defendia a posse de conhecimentos secretos. Montano (séc. 2º ) e seus adeptos diziam-se portadores de uma nova revelação especial, caracterizando-se por suas absurdas profecias acerca da segunda vinda de Cristo, além do incentivo ao ascetismo.

Conhecimento e sabedoria

Como seria possível se apossar dos conhecimentos xamanistas? Por meio da técnica de ampliação da consciência, ou melhor, alteração da consciência por meios teóricos e práticos, a fim de obter conhecimentos. O resultado dessa viagem em busca de “planos da consciência” é, na opinião dos simpatizantes, o equilíbrio, o poder, a paz, a felicidade, a saúde, etc.

Na realidade, o xamanismo promete aos seus praticantes a ventura de um bem-estar nas várias áreas da vida humana, por meio desta “expansão da consciência”. Léo Artese explica que “os estados alterados de consciência não envolvem apenas o transe, mas, sim, a capacidade de viajar na realidade incomum com o objetivo de encontrar-se com espíritos, animais, plantas, mentores, obter insights para curas, etc”.4 Ou seja, independem de Deus para que possam chegar a um nível de plena satisfação pessoal e espiritual e colocam o homem como o centro das atenções. Isto é antropocentrismo. O salmista, reconhecendo a limitação humana perante o Todo-Poderoso, perguntou: “Que é o homem mortal”? (Sl 8.4). Não há outros “meios”, “caminhos” ou “atalhos” para se conseguir a satisfação pessoal nas áreas da vida humana senão Jesus.

Cristo jamais ensinou que poderíamos encontrar, por meio de alguma técnica, as respostas para as complexidades humanas. Ao contrário disso, afirmou: “Porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Buscar o “conhecimento” nas práticas de exercícios mentais e viagens astrais não passa de técnicas e estratégias de sabedoria humana. O apóstolo Paulo comentou sobre a sabedoria “oculta em mistério” (1Co 2.7). Todavia, esta sabedoria não era cósmica, somente para os “espiritualistas”. Não era adquirida pelo fato de alguém estar em um “plano mais universal”. Ele estava-se referindo à sabedoria de Deus, revelada aos cristãos pelo Espírito Santo (1Co 2.10). Escrevendo aos colossenses, Paulo não fala de “planos mais elevados”, “alteração da consciência”, mas afirma que “os tesouros da sabedoria e do conhecimento” ocultos só podem ser adquiridos por intermédio de Jesus Cristo, o mistério de Deus (Cl 2.3).

A natureza em evidência

As bases dos ensinos xamânicos fundamentam-se nos quatro elementos da natureza: água, terra, fogo e ar.

Acerca da água, dizem que nela correm fluídos de força e vida. Por meio dela, o corpo humano libera as alegrias, as tristezas e o medo. A água é utilizada pelos xamãs em rituais de purificação e renovação do ser interior.

Segundo eles, na terra reside a força e a nutrição para a vida humana. Denominam este elemento de “mãe terra” e buscam sua ajuda para que possam encontrar sentido na vida.

O fogo é o elemento das transformações e transmutações. Sua força luminosa aponta o caminho a ser seguido. É a chama que, se acesa no interior do ser, faz brilhar a aura e os olhos revelando a força do espírito humano.

Finalmente, o ar é representado como o fio condutor que une o ser humano ao Grande Pai (Deus) e à grande mãe (terra).

Logo, podemos verificar nesta crença religiosa a doutrina monista, segundo a qual “a substância, as leis lógicas ou físicas e as bases do comportamento se reduzem a um princípio fundamental, único ou unitário, que tudo explica e tudo contém. Esse princípio pode ser chamado de ‘deus’, ‘natureza’, ‘cosmos’, ‘éter’ ou qualquer outro nome”.5 De acordo com este pensamento, Deus se torna impessoal, distante da criação (teoria deísta). Contudo, a Bíblia Sagrada afirma que Deus se preocupa com o ser humano (Jo 3.16) e, ao mesmo tempo, se mantém à parte da criação. Deus não é a criação nem está nela (panteísmo).

Zoológico xamânico

Os xamanistas crêem que cada pessoa possui um animal guardião dentro de si. O praticante deve compartilhar da consciência animal para transcender o tempo e o espaço, as leis de causa e efeito. Diante destas observâncias, as transformações humanas ocorrem porque por trás delas estão os “animais de poder”, ou seja, as manifestações de forças ocultas.

O “zoológico” xamânico oferece grande variedade para a invocação dos xamãs que assumem os respectivos talentos dos animais, além de receberem conselhos de sabedoria dos mesmos, para que sejam compartilhados com as pessoas. Segundo os xamanistas, os benefícios de se entrar em “contato” com tais “animais de poder” são inúmeros, entre eles, resistências às doenças, autoconfiança, disposição, etc.

Cada animal tem sua habilidade. Diz-se da águia, por exemplo, que ela possui iluminação, coragem, visão interior e, por isso, é invocada para poderes xamânicos e elevação do espírito a grandes alturas. E por aí vai, segundo a fértil imaginação xamã.

Mas como é possível conectar-se com esses animais? Léo Artese responde: “No xamanismo realizamos um ritual, com tambor, para que os praticantes se conectem com seu animal, e também deixamos nosso animal aflorar por meio da ‘dança do animal’, uma outra forma de evocação. Os praticantes costumam, também, ter as suas canções, para evocar o poder dos animais”. Segundo crêem, neste ritual o adepto pode “visualizar” a porta de entrada para o “mundo profundo”. Quando a pessoa adentra esses “portais”, o absurdo é ainda maior. Veja o que Artese continua dizendo: “Atravessando a porta você irá observar o animal que chega à sua frente. Não force isso. Não use o racional. Não existe medo e, assim, o animal move-se para mais perto, unicamente fazendo um movimento de reconhecimento. É lindo, profundo. É como se a sua mente abrisse as portas de um tempo passado [...] Abrace o seu animal, troque carinhos. Fique frente a frente com seu animal e faça suas perguntas e espere pacientemente a resposta que poderá se apresentar de maneira simbólica. Observe atentamente”.

Sabemos que Deus criou os animais conforme nos relata Gênesis 1.20-25. Entretanto, ao criar o homem, Deus ordenou a esse que dominasse sobre os animais e não que fosse dominado por eles (Gn 1.26). As qualidades dos animais lhes foram concedidas naturalmente pelo próprio Deus, assim como foram também concedidas ao ser humano, e não devem, em hipótese alguma, ser invocadas. Esta comunicação com o suposto “espírito” dos animais é semelhante ao que acontece no espiritismo, quando um médium evoca a alma de uma pessoa que já morreu. O animal não tem vida após a morte, o que é uma característica apenas humana (Ec 3.21; 12.7). O animal irracional não tem condições de ensinar ao homem conceitos místicos de sabedorias, não intermedeia coisa alguma no mundo espiritual ou material. A Bíblia diz que apenas Jesus é o mediador (1Tm 2.5), e é justamente nele que residem todos os tesouros da sabedoria (Rm 11.33). Estes relatos e atitudes praticados nos rituais são totalmente condenáveis à luz da Bíblia: “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém” (Rm 1.25).

As ervas xamânicas

O contato não se restringe aos animais. Afastar maus espíritos, prever o futuro, purificar e neutralizar forças adversas e, especialmente, promover curas, são algumas das crenças e resultados advindos das denominadas “plantas de poder”. Segundo os que se utilizam de tais plantas, seu uso ritualístico “proporciona uma experiência místico-religiosa de beleza incomparável, proporcionando o samadhi, o êxtase, o nirvana, o encontro com o ‘Eu’ superior e o transe”.

Algumas plantas utilizadas pelos xamãs são o “tabaco xamânico”, que, segundo crêem, é o responsável por carregar as preces para os espíritos; a ayahuasca, famosa no Brasil por ser venerada pelas seitas Santo Daime e União do Vegetal; e o “peiote”, um pequeno cacto que pode ser comido (triturado) ou bebido (chá). Obviamente, as reações provocadas por estes alucinógenos são variadas e excêntricas.

Por outro lado, vemos que as curas bíblicas realizadas por Jesus, pelos apóstolos e pelos demais irmãos da Igreja primitiva desconsideravam a importância das plantas como detentoras de “poderes extraordinários”, principalmente no que diz respeito à sua espiritualização e produção de “visões”, “revelações”, “regressões”, etc.

Fora de seu contexto bíblico, os xamãs empregam o texto de Gênesis 1.29 para reivindicar o uso das plantas em seus rituais: “E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento”. Todavia, é bem claro que as curas e milagres que ocorreram no período primitivo da Igreja eram realizados apenas em nome de Jesus (At 3.6; 8.5,7; Cl 3.17; Tg 5.14) e não por intermédio de plantas com poderes sobrenaturais. O comentarista bíblico Derek Kidner afirma que “não é preciso forçar o sentido da destinação de toda planta verde para alimento a todas as criaturas significando que outrora todas eram herbívoras, do mesmo modo como não se precisa entender que todas as plantas eram igualmente comestíveis para todas as criaturas. É uma generalização, direta ou indiretamente, de que toda vida depende da vegetação. O interesse do versículo é mostrar que todos recebem sustento das mãos de Deus”.6

Filosofias mistificadas

Como podemos observar, as práticas xamânicas são atraentes aos olhos humanos. Com a evasiva de que se trata de uma filosofia, ela abrange conceitos religiosos, místicos e esotéricos. É uma espécie de vertente do gnosticismo, com suas promessas de sabedoria, conhecimentos ocultos e contato com o “mundo profundo”. Os autênticos cristãos não dependem nem precisam das práticas xamânicas para relacionar-se com o que é espiritual, pois “nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus” (1Co 2.12).

Para que as coisas divinas sejam bem entendidas é necessário que o ser humano submeta sua mente ao poder de Deus: “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14). No mundo em que vivemos, em meio a tanto misticismo, urge lembrarmos do conselho de Paulo aos colossenses: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (2.8).

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

(Heresias) - Xintoísmo



O xintoísmo é fundamentalmente um conjunto de costumes e rituais, mais que um sistema ético ou moral. Seus seguidores participam de festas e peregrinações e valorizam a pureza cerimonial e a higiene corporal. Muitos xinstoístas são também praticantes budistas.


O xintoísmo possui um complexo de divindades, dentre elas a deusa do sol, conhecida como "governante dos céus". Também são venerados os imperadores deificados, espíritos guardiões de famílias, heróis nacionais, divindades de árvores, rios e cidades.

Uma vez que o culto dos antepassados desempenha papel proeminente no xintoísmo, os ritos fúnebres possuem igualmente grande valor. O elemento central do culto mortuário é o mitamaya, "casa augusta das almas", pequeno cofre branco em cujo interior se coloca a tábula tamashiro, "marca das almas", que tem inscrito o nome do defunto com sua idade e ano da morte. O mitamaya é considerado, pela família, o altar dos antepassados, diante do qual realizam-se as oferendas devidas às almas.

Os lugares sagrados variam de pequenas capelas à beira de caminhos até grandes santuários nacionais, como no caso do kashikodokoro, santuário do palácio imperial de Tóquio, construídos e dedicados às divindades. Cada casa xintoísta tem um altar sagrado no qual está colocado um santuário de madeira em miniatura, contendo tábuas em que estão inscritos os nomes de ancestrais venerados. Além de adorar a muitos deuses, todos eles criados pela imaginação popular ou feitos deuses pela benevolência erudita dos seus líderes, os xintoístas cultuam os seus antepassados; práticas contrárias aos ensinamentos bíblicos e à vontade de Deus (vide Jeremias 22.10; Ezequiel 24.17; Lucas 20.38; Apocalipse 14.13).

Quem quiser nos criticar, achando que somos os "donos da verdade", lembre-se destas palavras de Jesus:

"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.32).

Em tempo: JESUS não nos mandou falar de religião, mas falar DELE, pois Ele é o Salvador do mundo (João 4.42).
 
OBS.: - Se você deseja conhecer mais a respeito das chamadas
             TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, acesse o blog
             NOSSOBLOGDOATALAIA.BLOGSPOT.COM

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

(Heresias) - Viver de Luz



Talvez alguém possa estranhar o tema em lide, entretanto é um dos mais recentes assuntos do mundo das religiões. Apesar dos seguidores desse movimento do "Viver de Luz" dizerem que não se trata de mais uma religião, não é o que vemos na prática, pois usam uma linguagem metafísica na propagação da sua “ciência”. Abaixo faremos várias citações, que na sua maioria foram extraídas do site:


http://www.vivendodaluz.com/PT/articles/jas/lol_update_2001.html.

QUEM COMEÇOU ESSE MOVIMENTO ? - Segundo uma das adeptas do “Viver de Luz”, Alice Domingues (Centro Holístico do RJ), uma das maiores autoridades desse assunto é a escritora australiana Jasmuheen que escreveu o livro “Viver de Luz” e já esteve no Brasil várias vezes dando entrevistas e palestras. Entretanto, parece que o movimento criou mais força após Evelyn Levy Torrence (uma das mais aguerridas defensoras desse ensino) ter sido entrevistada num programa televisivo, provocando polêmica ao afirmar que estava há dois anos sem comer, somente vivendo da luz. Incentivando as pessoas a pararem de comer – “comida é veneno”, dizia ela.

A OPINIÃO CIENTÍFICA - Para a endocrinologista Geísa Macedo, que chefia o ambulatório de Diabetes do Hospital Agamenon Magalhães, a hipótese da alimentação solar não só é absurda como é impossível alguém sobreviver por 40 dias sem comida. “Sem o alimento, o corpo começa a buscar energia internamente, através da queima das reservas de proteínas, de gorduras, chegando a ponto de causar perda de musculatura”, explica. Em outras palavras: a pessoa passa a devorar a si mesma. “E também não é possível ativar nenhuma glândula. Se alguém muda seu ritmo de vida, passando a ter mais tranqüilidade no dia-a-dia, certamente vai influenciar seu sistema neuroendócrino a ponto de fazê-lo funcionar melhor. Mas isso está longe de ser uma mudança na função glandular”, completa. Quanto às influências do Sol sobre o organismo, a médica explica que ele ativa a produção de vitamina D através da pele e ajuda a desencadear a puberdade, mas não tem qualquer atuação sobre a nutrição. “Acho que o único lado positivo de toda essa divulgação na mídia é conscientizar as pessoas sobre os males do consumo excessivo de comida. O resto deve ser visto com muita cautela”, alerta ela.

A QUESTÃO RELIGIOSA - Vamos elucidar o que é metafísica, pois esse vocábulo é muito aplicado pelos seguidores dessa doutrina. Metafísica é a divisão da filosofia que se ocupa de tudo o que transcende o mundo físico ou natural. (Enciclopédia Britânica do Brasil Publicações Ltda). Ou seja, acreditar na metafísica é ser místico ou religioso de alguma forma.

É claro que o assunto todo não passa de um tema esotérico/religioso. Alice Domingues (Centro Holístico do RJ), afirmou que se não houver fé na nova prática de vida a pessoa não terá êxito em sua nova maneira de se alimentar. Ela assegurou que, espírito, mente e uma fé confiante nessa mudança de hábito alimentar trará o resultado da libertação da necessidade dos alimentos. Pra ela, comer é uma questão social e não essencial – “Eu me alimento apenas socialmente e não por necessidade”, afirmou em entrevista por telefone.

Evelyn induz que Jesus Cristo e a Bíblia defendem seu ponto de vista e corroboram com a idéia de viver de Luz.

Também afirma: “A purificação e a desintoxicação do corpo permite que o físico alcance uma vibração energética muito mais fluida, deixando com isso o espírito livre para se movimentar com muito mais facilidade para dentro e para fora do corpo. A não alimentação provoca um poder espiritual mais ativo e isso permite que a pessoa possa viver novas e diferentes realidades pessoais. O ser purificado trabalha no campo invisível com consciência, realiza viagens astrais, desperta a intuição, abre sem medo o coração e aceita totalmente o mundo espiritual como verdade”. Ou seja, segundo Evelyn o parar de comer traz enlevo espiritual e provoca poderes sobrenaturais. É claro que isso gira em torno de uma ótica religiosa e sobrenatural-esotérica.

O PRANA - Na realidade, não é que eles não se alimentam de nada: a "comida" deles é "prana", a energia universal que é obtida a partir da respiração e da absorção da luz solar. Algo como a fotossíntese realizada pelas plantas que, no caso dos humanos, seriam feitas pelas glândulas pineal e hipófise, segundo Evelyn.

DE ONDE VÊM ESSES ENSINOS? - Dos mestres Astrais: Diz Evelyn que; “Os mestres astrais sempre ensinam que uma ação externa só tem poder e valor se dermos esse poder e valor a essa coisa”. “Os mestres me ouviam, me mostravam, me contavam e eu lia e lia e lia... Um dia recebi a orientação de encontrar um mestre virtual para me ajudar a passar pelos obstáculos de minha vida cotidiana... me foi indicado que estudasse com um índio Tolteca chamado Don Juan. Don Juan era amigo da morte... muito amigo... Don Juan me ensinou muitas coisa valiosíssimas, foi ele quem me ensinou a não temer mais a morte. Foram 12 anos de um aprendizado diário com Don Juan, através de Castaneda, praticando todos os ensinamentos”.

“Aconselho seguindo algumas etapas, que são: Ler livros sobre o assunto, investigar sites, conversar consigo mesmo sobre essa possibilidade de vida e recolher a maior carga possível de poder pessoal para tomar a decisão de não desistir de maneira nenhuma”.

A INICIAÇÃO - Tudo começa com o processo dos 21 dias. Vejam o que atesta Evelyn em seu site: “Esse processo não é e nem pode ser considerado como uma nova dieta de emagrecimento. Essa nunca foi a proposta do trabalho, que visa única e exclusivamente a desintoxicação orgânica humana e re-conexão interna com o Eu Superior... Para se tomar a decisão de parar de alimentar-se de elementos sólidos, é preciso muita consciência e visão, para que o processo possa ser realizado com absoluto êxito... O Processo dos 21 dias foi elaborado pela australiana Jasmuheen, há cerca de 10 anos. Jasmuheen, depois de pesquisar e estudar a influência dos alimentos na vida humana, recebeu a autorização espiritual para ensinar às pessoas mais conscientes, como se reconectar com seu Eu Superior através de uma reprogramação física, energética, mental e espiritual. Esse processo de reprogramação alimentar foi dividido em 3 grupos de sete dias, totalizando um programa de 21 dias, que começa com a decisão interna de parar de comer... Essa decisão pode ser tomada de diversas e diferentes maneiras: Ir parando aos poucos (quando a pessoa gradativamente reduz a alimentação, cortando os alimentos mais pesados); Aplicando jejuns alternados; Entrando numa dieta à base de frutas; Parando completamente a alimentação com uma data marcada (neste caso a pessoa precisa estar 100% consciente de sua decisão radical)”. Entretanto, o Dr. Regis Barbier afirma: “Tornar as glândulas pituitária e pineal capazes de absorver a energia solar e nutrir o corpo significa realizar uma transmutação biológica. Isso nunca foi feito por cientistas. E se isso for possível a um ser humano, não acredito que alguém o faça em apenas 21 dias”, justifica. “Seria necessário um processo alquímico capaz de transformar fótons em proteínas e açúcares”, detalha (extraído da internet).

Por que as pessoas morrem quando param de comer?

A essa pergunta os adeptos desse movimento respondem que as pessoas só morrem por que seus cérebros estão programados para morrerem ao não se alimentar. Isso seria cômico se não fosse levado a sério pelos indivíduos praticantes do “viver de luz”.

REFUTAÇÃO TEOLÓGICA - É uma religião: Apesar de ter ouvido categoricamente de Alice Domingues que esse movimento não é religioso, é só perscrutar um pouquinho e veremos que tudo não passa de esoterismo/nova era, sendo uma das mais recentes maneiras religiosa de expressão. Frases como: “A não alimentação provoca um poder espiritual”; “Recebeu a autorização espiritual para ensinar as pessoas mais conscientes”; “O Eu divino”; “Está escrito até na Bíblia...” Em fim, são inúmeras expressões religiosas usadas em toda a doutrina desse movimento, fazendo dele mais uma religião, ou melhor, seita – A Seita do Viver da Luz.

A QUESTÃO DA GULA - Afirmam: “Até na Bíblia a gula é mencionada como algo maléfico”. Notemos primeiro o que é gula segundo o dicionário Aurélio: “Excesso na comida e na bebida... Apego excessivo a boas iguarias”. Não diz nada sobre parar de comer, mas que gula é um excesso na ingestão de alimentos.

A Palavra de Deus também condena esse excesso: “E olhai por vós, não aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e venha sobre vós de improviso aquele dia” (Lc. 21:34). Observem que a Bíblia condena a Glutonaria, mas não instrui ninguém a se privar das boas iguarias.

SOBRE ADÃO E EVA - Sobre o primeiro casal e a queda, Evelyn diz: “Tudo começou com uma linda e cheirosa maçã! Dizem as escrituras que Eva não resistiu ao encanto da fruta e pela primeira vez na vida sentiu a vontade não só de tocar, cheirar e apreciar, mas de ingerir aquela fruta tão linda e atraente. Ao experimentar o primeiro pedaço, Eva sentiu o prazer do paladar e apresentou sua descoberta para seu companheiro Adão que também experimentou e gostou da maçã. Até aí não aconteceu nada de errado, pois a maçã era um dos presentes de Deus e nunca fora proibida de ser degustada com amor e prazer... Porém, Eva se tornou dependente daquele prazer...”. Bem, provavelmente a tal “árvore proibida” e o tal fruto não era a macieira e conseqüentemente a maçã, provavelmente era uma figueira e o fruto um figo (leia: Gn. 3:7). Evelyn não conhece nem o básico das Escrituras e tenta usá-la para apoiar seus devaneios. Entretanto a problemática do contexto do livro de Gênesis é outra. O pecado de Eva não foi em si comer um fruto ou uma maçã, pois a Palavra havia dito: “E o Senhor Deus fez brotar da terra toda qualidade de árvores agradáveis à vista e boas para comida” (Gn. 2:9). Ou seja, a questão não era alimentar ou dietética, mas de obediência ao Senhor. Aquela determinada árvore foi a prova de obediência que Adão e Eva tiveram para optar em obedecer a Deus ou não: “De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn. 2:16-17). Após a queda do primeiro casal, Deus ainda deu liberdade para que o homem se alimentasse de carnes: “Tudo o que se move, e vive, ser-vos-á para alimento” (Gênesis 9:3). Adão e Eva nunca viveram de Luz!

JESUS E OS ALIMENTOS - “Veio o Filho do homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um comilão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Mt. 11:19). Evelyn tenta argumentar que Jesus jejuou, mas se esquece que a prática do Jejum nada tem a ver com ficar para sempre sem comida ou bebida. O Jejum era uma forma de consagração a Deus em momentos de crise e reflexão (Mt. 6), nunca uma iniciação para parar comer. Essa idéia foi inventada e não tem respaldo bíblico. A Bíblia ainda diz que Jesus olhando para certa multidão faminta, deu uma ordem aos seus discípulos: “dai-lhes vós de comer” (Mt. 14:16). Evelyn menciona Cristo como um de seus instrutores nessa nova revelação, entretanto não haveria melhor hora para o Cristo ensinar esse conceito de “viver de luz” do que naquele dia em que a multidão anelava faminta no deserto. Mas Cristo não ensinou isso, ao contrário, ele efetuou um grande milagre – O Milagre da Multiplicação dos pães. A multidão comeu até se fartar e todos voltaram para cidade alimentados e bem nutridos.

UM CORPO IMORTAL COMO O ESPÍRITO - A Palavra de Deus diz que nosso corpo é corruptível e que enquanto estivermos nele seremos sujeitos a morte (I Cor. 15). Ainda é enfatizado pela Palavra que ao homem é ordenado morrer (Hb. 9:27). Só em Cristo Jesus podemos ser salvos da morte, pois Ele já a venceu e ressuscitou. Apesar disso Evelyn afirma: “... o corpo pode ser imortal e carregar o mesmo espírito por toda a existência, ou por quanto tempo quiser”.

O Apóstolo Paulo qualifica movimentos desse tipo como doutrinas de demônios: “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios... proibindo o casamento, e ordenando a abstinência de alimentos que Deus criou para serem recebidos com ações de graças pelos que são fiéis e que conhecem bem a verdade; pois todas as coisas criadas por Deus são boas, e nada deve ser rejeitado se é recebido com ações de graças; porque pela palavra de Deus e pela oração são santificadas” (I Tm. 4:1-5). Tudo o que é de bom e saboroso Deus tem prazer que seus filhos desfrutem: “Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra” (Is. 1:19). É claro que algo que tenha bom sabor, mas que causa algum malefício ou vício deve ser evitado, pois: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas” (I Cor. 6:12).

CONCLUSÃO - Tanto a conclusão médica quanto a teológica condenam o ensino dos adeptos do “Viver de Luz”. Na verdade, em minhas pesquisas e entrevistas com os seguidores desse movimento, descobri que todos eles, inclusive a Evelyn, se alimentam, ainda que em pequenas porções, NÃO ESTÃO TOTALMENTE SEM COMER. Esse movimento, além de antibíblico, é extremamente perigoso e nocivo `a nossa sociedade. Se nada for feito, pessoas inocentes começarão a morrer. Até no próprio site do “viver de luz” é mencionado um caso que terminou mal: “É verdade que existiu um caso de uma senhora que morreu durante o processo...”. A incógnita é: Quantos ainda serão vitimados por permitirem que coisas desse nível sejam ventiladas pela mídia sem que ninguém tome as devidas providências? Aonde estão as autoridades de nosso País? Ou será que a nossa democracia permite qualquer lance? Alguma proveniência precisa ser tomada, esse ensinamento absurdo e lunático não pode continuar sendo vinculado sem que haja a preocupação com os receptores! Sabemos que há pessoas que não têm estrutura neuropsicológica para agüentar esse tipo de idéia e podem enveredar-se para um caminho sem volta, isso poderá gerar um verdadeiro caos. Que o leitor ore e procure se informar muito bem contra esse mais novo ensino em nosso meio.

Pr. João Flávio Martinez prjoaoflavio@bol.com.brhttp://www.cacp.org.br/

OBS.:  Se você deseja conhecer mais detalhes a respeito das chamadas
           TESTEMUNHAS DE JEOVÁ, acesse o blog
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domingo, 20 de fevereiro de 2011

(Heresias) - Testemunhas de Iehoshua


História e doutrina - Um novo movimento está surgindo entre o povo, denominado Igrejas de Deus das Testemunhas de Iehoshua, conhecido também por Testemunhas de Iehoshua. O movimento foi fundado em 1987, em Curitiba, PR, por Ivo Santos de Camargo. O fundador não possui formação teológica formal. Diz que estudou hebraico durante dois anos, após uma suposta revelação. Atualmente dirige a Igreja, segundo ele, com cerca de centenas de membros. Afirma que seu movimento está do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte.


O fundador afirma nunca pertencer a uma igreja evangélica, mas diz haver visitado algumas delas. Diz que recebeu uma revelação de Deus sobre a pronúncia exata do tetragrama (nome divino, as quatro consoantes [YHWH] e que esse nome é o mesmo do Salvador. Segundo o fundador, o nome "Jesus" é uma abominação, é o paganismo do catolicismo romano. O nome que veio do céu, diz, é Iehoshua. Afirma ainda "ser filho direto da revelação", portanto sua ordenação é direta com Deus. É contra a todas as igrejas evangélicas, admite que a salvação depende do conhecimento e da revelação do nome Iehoshua, e mesmo assim, dentro de sua organização religiosa.

Os adeptos do referido movimento, sob a orientação de seu fundador, negam a doutrina da Trindade, embora defenda a deidade absoluta de Jesus. É o sabelianismo modal, como a Igreja Local de Witness Lee e a Igreja Voz da Verdade, do conjunto musical de mesmo nome. São sabatistas, defendem a guarda do sábado, como os adventistas do sétimo dia. Defendem duas categorias de salvos, mais ou menos como as Testemunhas de Jeová: Os cristãos salvos vão para céu, exceto os judeus, assírios e egípcios, estes herdarão a terra. São exclusivistas como as demais seitas pseudo-cristãs.

Os adeptos da nova seita costumam visitar os templos evangélicos em grupos, para tumultuar o ambiente. Um membro do grupo pergunta ao pregador sobre Iehoshua e Jesus. É óbvio que dificilmente vai encontrar alguém que saiba hebraico, nem elas mesmas o sabem, são pedantes. Quando o pregador se embaraça, os demais membros do grupo começam a gritar criando uma verdadeira balbúrdia no culto. São proselitistas. Estão preocupados em arrebanhar os cristãos evangélicos, pois são pescadores de aquários.

É uma seita inexpressiva e seus argumentos só podem convencer as pessoas mais simples e os incautos. Suas crenças são inconsistentes e de uma pobreza franciscana. É bom lembrar que C. T. Russell, fundador das Testemunhas de Jeová, começou com suas idéias subjetivas, posteriormente transformando suas ficções em "verdades", pelo processo de lavagem cerebral. Sua religião conta hoje com quase seis milhões de adeptos em todo o mundo. A Igreja do final do século passado e do início do século vinte subestimou o tal grupo. Com o trabalho ferrenho de casa em casa, aos poucos eles vão crescendo.

Se as igrejas da atualidade subestimarem a seita Testemunhas de Iehoshua, poderemos ter o mesmo problema no futuro, pois a mentira repetida vinte vezes se torna "verdade", como dizia Mussolini. Apesar das crenças dessas seitas serem ficções, doutrinas subjetivas, sem base bíblica, todavia elas estão fazendo proselitismo. O povo precisa saber que a crença delas é um combate contra o Cristianismo bíblico.

JESUS OU IEHOSHUA? - O nome Jesus vem do hebraico (Yehoshua) — "Josué", que significa "Iavé é salvação". Josué era chamado de Oshea ben Num "Oséias filho de Num" (Nm 13.8; Dt 32.44). "Oshea" significa "salvação". Moisés mudou seu nome para Yehoshua ben Num "Josué filho de Num" (Nm 13.16).

A Septuaginta usou o nome (Iesus) para Yehoshua, portanto Iesus é a forma grega do nome Yehoshua, exceto I Cr 7.27, que transliterou por (Iousue) — "Josué". Depois do cativeiro de Babilônia, o nome Yehoshua era conhecido por (Yeshua). Em Neemias 8.17 Josué é chamado Yeshua ben Num. Yeshua é o nome hebraico para Jesus até hoje em Israel. Isso pode ser comprovado em qualquer exemplar do Novo Testamento hebraico.

O sumo sacerdote Josué, filho de Joazadaque, é chamado em hebraico simultaneamente de Yeshua (Ed 3.2, 8; 4.3; 5.2; Ne 7.7) e Yehoshua (Ag 1.1, 12, 14; 2.2, 4; Zc 3.1, 3, 6, 8, 9; 6.11). Embora nossas versões usem Jesua (Almeida Corrigida, Atualizada e Contemporânea) Jesuá (Revisada) Jeshua (Brasileira), contudo a Septuaginta não faz essa distinção — Usa Iesus para ambos. Iesus é o nome do Messias, o nosso Salvador, registrado no Novo Testamento, que chegou para nossa língua como Jesus.

O NOME YEHOSHUA - O que as Testemunhas de Jeová fazem com o nome "Jeová", assim o fazem as Testemunhas de Yehoshua com relação ao Deus-Pai e ao Deus-Filho. O fundador disse que recebeu uma revelação de que a pronúncia correta do tetragrama não é Jeová, Javé, Iahweh e nem Yehovah, mas Iehoshua. Agora procuram justificar esta "descoberta" em Êx 23.20, 21, que diz: "Eis que eu envio um Anjo diante de ti, para que te guarde neste caminho e te leve ao lugar que te tenho aparelhado. Guarda-te diante dele, e ouve a sua voz, e não o provoques à ira; porque não perdoará a vossa rebelião; porque o meu nome está nele". Afirma que esse Anjo é Josué, com base na expressão: "o meu nome está nele". Como o nome "Josué" em hebraico é Yehoshua assim explica sua teoria.

Negando a doutrina bíblica da Trindade afirma que Iehoshua é o nome do Deus de Israel, revelado no Velho Testamento, e que esse nome é o mesmo do Messias, que deve ser invocado por "Iehoshua" e não por "Jesus". Segundo eles: "Jesus é o nome que os papas introduziram nas Sagradas Letras, blasfemando do nome que veio do céu". Em outra literatura diz: "No fim do III século da era cristã, quando o bispo Jerônimo traduziu as Escrituras para o latim, a língua oficial do império romano. Nesta ocasião o nome original IERROCHUA foi substituído pelo nome grego-romano (IESOUS)".

É pena que essas vítimas estejam tão mal-informadas. Há textos do Novo Testamento anterior a data apresentada pela seita, que mostram que a informação dessas vítimas não é verdadeira. Por exemplo: Os papiros 45, 46 e 47, conhecidos como Chester Beatty, que se encontram atualmente no museu Beatty, em Dublin, Irlanda, são do início do terceiro século, e trazem a forma abreviada de (Iesus) — IS ou IC. Da mesma forma os Papiri Bodmeriani, 66, 75 e 76, que se encontra na Biblioteca Bodmer, em Geneve, Suiça. O papiro 75 contém os evangelhos de Lucas e João, é datado entre 175 e 225 AD. Esse argumento de que o nome Iesus é coisa de Jerônimo, no fim do século III não procede.

Ensinam que o Pai é Filho e o Filho é Pai: Doutrina sabelianista. Jesus disse: "E na vossa lei também está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai, que me enviou" (Jo 8.17, 18). Essa passagen bíblica, por si só, destrói completamente o sabelianismo e qualquer doutrina unicista. Além disso, encontramos vezes, nos evangelhos, Jesus se dirigindo ao Pai como outra pessoa. Negam, como as Testemunhas de Jeová, a personalidade do Espírito Santo.

O primeiro problema dessa interpretação, para não dizer invenção, é que a pronúncia Yehoshua, não comporta no tetragrama. Diz o fundador do referido movimento: "Essa vocalização foi feita pelo ANJO, não por homens". Isso que a seita fez não é vocalização, pois as letras hebraicas (ayin) e (shin), que aparecem no nome Yehoshua são consoantes. O problema da pronúncia exata do tetragrama diz respeito meramente com as vogais, e o fundador acrescenta duas consoantes. As letras y (yiud), h (he) e w (vav) aparecem no nome Yehoshua, mas no tetragrama o he aparece duas vezes. O nome (Yehudah) "Judá" traz as quatro consoantes hdwhy, eliminando a letra dalet d fica o tetragrama hwhy. O nome "Judá", em hebraico, se aproxima mais do tetragrama que o nome de "IEHOSHUA". Nem com uma camisa-de-força seria possível ser essa a pronúncia exata do tetragrama, é impossível tal pronúncia. Yehoshua não é o nome do Deus de Israel e nem de seu Filho Jesus, mas o nome de dois personagens que são figuras de Cristo: Josué filho de Num e Josué filho de Jozadaque.

O misterioso anjo - Por que o referido Anjo deveria ser Josué, segundo a seita? Alegam esses adeptos que isso é pelo fato de o texto afirmar: "o meu nome está nele". A Bíblia diz que Deus pôs o seu nome sobre os filhos de Israel (Nm 6.27); sobre o Templo de Jerusalém (II Cr 7.15); sobre a cidade Santa e assim por diante. Por que só nessa passagem os adeptos de Ivo dos Santos Camargo afirmam que esse Anjo é Josué? Assim, essa expressão "o meu nome está nele" não justitica a teoria das Testemunhas de Iehoshua.

O Anjo nesta passagem é um ser sobrenatural que haveria de proteger Israel até a total extinção dos amorreus, heteus, ferezeus, cananeus, heveus e jebuseus (Êx 23.23). A fortaleza dos jebuseus só foi conquistada por Davi, mais de 350 anos depois da morte de Josué (2 Sm 5.6-9). Logo esse anjo não pode ser Josué.

Deus se manifestou como anjo diversas vezes. Esse misterioso Anjo aparece a Agar, no relato do nascimento de Ismael (Gn 16.7-13). No v. 10 o Anjo diz: "Multiplicarei sobremaneira a tua semente". No v. 13 "E Ela chamou o nome do SENHOR, que com ela falava: Tu és o Deus da vista". Quem falava com ela era Deus ou o Anjo? Da mesma forma, encontramos na teofania do sarçal ardente: "E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo... e vendo o SENHOR que se virava... bradou Deus... Eu sou o Deus de teu pai... (Êx 3.2, 4, 6). Ora, quem apareceu a Moisés foi Deus ou o seu Anjo? Como se explica isso Esse Anjo, que além de apresentar atributos divinos, diz explicitamente que é Deus. Ele é o Messias pré-encarnado, portanto, o próprio Deus. É esse o significado de "o meu nome está nele". (Êx 23.21). O próprio Josué teve um encontro com esse Anjo (Js 5.13-15).

Assim fica claro que Yehoshua é um nome e o tetragrama é outro. O que nos espanta é o fato de alguém afirmar de maneira aleatória que "isso é aquilo" sem sustentação alguma baseado exclusivamente no subjetivismo e em cima disso criar uma religião. O pior de tudo isso é que ainda consegue adeptos!

Algumas supostas objeções - Questão da letra j. Diz o fundador das Testemunhas de Iehoshua que o nome correto de nosso Salvador não pode ser "Jesus" por não existe a letra j na língua hebraica. Esse argumento é de uma pobreza franciscana! É verdade que o j não existe no hebraico, grego e latim. No hebraico a letra y yud representante tanto o som vogal i como a consoante y. O mesmo acontecia com o latim com as letras i e u. O emprego das letras j e v para representar i e u consonânticos ocorreu na época do Renascimento, e difundido por Pierre de la Ramée. Por isso lemos Jerusalém, e não Yerushalayim; Jeremias, e não Yeremiahu; Jonas, e não Yonah; Joaquim, e não Yehoiacin; e assim por diante.

O número 666. Alegam que a expressão "Jesus Cristo Filho de Deus" equivale ao número 666, isso para consubstanciar sua teoria de que o nome "Jesus" é satânico. Antes de tudo, convém salientar que, com um pouco de criatividade, é possível tomar o nome de qualquer personagem e adaptar com seus títulos selecionados até que se chegue ao número 666. Isso é possível fazer com o nome do próprio líder do movimento Testemunhas de Iehoshua. Quando se quer rotular alguém de 666 há muitas maneiras de fazê-lo. Se não funcionar em caracteres latinos, pode-se usar caracteres hebraicos. Se um título não encaixar, substitui por outro, ou adiciona mais um adjetivo. Se mesmo assim não for possível, basta criar cálculos cabalísticos. Esse artifício das Testemunhas de Iehoshua só convence quem prefere trevas à luz.

Outro ponto importante é que não existe na Bíblia a expressão "Jesus Cristo Filho de Deus". Essa construção não é bíblica. A Bíblia ensina inúmeras vezes que Jesus é o Filho de Deus, mas não com essa construção. Colocar essa construção em latim para depois adaptar ao número 666 é um artifício maligno para atacar o cristianismo bíblico. Nome não se traduz. É verdade que nome não se traduz, mas se translitera conforme a índole de cada língua. Os nomes Eva, David e outros que levam a letra w wav, "v" em hebraico aparecem como Eua, Dauid, nos textos gregos. No grego moderno a letra b beta b na antigüidade", hoje é v. Hoje se escreve Dabid para David e Eba para Eva.

Há nomes que permanecem inalteráveis em outras línguas, mas não são todos. O nome "João", por exemplo é Yohanan, em hebraico; Ioannes, em grego; John, em inglês; Jean, em francês; Giovani, em italiano, Juan, em espanhol; Johannes, em alemão. Jacó, em hebraico é Yaakov; Iakobo (Tiago), em grego; Jacques, em francês; Giácomo, em italiano; Jacob, em inglês. Há nomes que mudam substancialmente de uma língua para outra. Eliazar, em hebraico, é Lázaro em grego. Elisabete é a forma hebraica do nome grego Isabel. O argumento, portanto, de o nome deve ser preservado na forma original, em todas as línguas é inconsistente, sem apoio bíblico.

Iesus. Alegam que o nome Iesus é uma zombaria do nome de Deus, pois sUs (sus) significa "cavalo" em hebraico. Esse argumento é um insulto à inteligência humana, porque Iesus é nome grego e sus é hebraico. O nome Iesus é a forma grega do nome hebraico Ieshua. Segundo O Novo Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, o "s" foi acrescido para facilitar a declinação: "Iesus é a forma gr. Do antigo nome judaico Yesua, forma esta que se obtém mediante a transcrição do heb., acrescentando-se um -s para facilitar a declinação". "Cavalo", em grego, é hyppos, e não sus.

Septuaginta. Quanto à Septuaginta, alegam que é uma lenda. É verdade que muitos rejeitam sua origem como descritas por Josefo e Aristéias, mas isso não anula a sua existência. No prólogo do livro apócrifo de Eclesiástico, datado do ano 38 da morte de Evergetes (aproximadamente 110 a. C.) menciona a Lei, os profetas e os demais livros traduzidos para o grego. No Novo Testamento, em todos os livros que apresentam citações diretas do Velho Testamento, só nas epístolas a Timóteo e em II Pedro não há citações da Septuaginta. São citações de Gênesis, Êxodo, Deuteronômio, Salmos, Provérbios, Isaías, Oséias, Joel, Amós, Habacuque e Ageu. É correto, portanto, afirmar que a Septuaginta foi citada por Jesus e seus apóstolos.

O nome Iesus, usado várias vezes na Septuaginta para o correspondente hebraico Yehoshua ou Yeshua aparece duas vezes no Novo Testamento grego em Atos 7.45; Hebreus 4.8, em relação a Josué filho de Num. Se os tradutores da Septuaginta mutilaram os nomes próprios do Velho Testamento, como querem as Testemunhas de Iehoshua, como explicar essas passagens do Novo Testamento? Será que os escritores neotestamentários cometeram o mesmo "erro"?

Os manuscritos e papiros gregos do Novo Testamento trazem 15 nomes que são escritos de forma abreviada, são os nomina sacra, são eles: Deus, Pai (quando se refere a Deus) Senhor, Salvador, Filho, homem (na expressão Filho do homem), Jesus, Cristo, céu, Davi, Espírito, cruz, Israel, mãe e Jerusalém. O nome "Jesus" aparece de forma abreviada IS ou IC, na forma antiga: primeira e última letras do nome. O nome Josué aparece por extenso nas duas passagens citadas acima. Como o fundador do movimento das Testemunhas de Iehoshua descobriu que o nome escrito originalmente no Novo Testamento grego foi Yehoshua? Ele não acredita na autoridade dos manuscritos gregos? Veja o leitor que essa doutrina é um disparate.

OS DISSIDENTES E SUAS CRENÇAS - Apesar de o movimento ser tão novo, já saiu outro grupo dele. Os dissidentes do movimento, que também se identificam como Testemunhas de Iehoshua, defendem os mesmos princípios do fundador, indo mais além: Negam a autoridade do evangelho de Mateus; ser Jesus o Filho de Deus, dizem que Jesus é filho de José e Maria, negando o nascimento virginal de Jesus, alegam que só após a ressurreição ele "tornou-se" Filho de Deus.

Filho de Deus - Os dissidentes das Testemunhas de Iehoshua catalogam todas as passagens bíblicas que revelam a linhagem humana de Jesus para questionar a sua filiação divina. Isso para consubstanciar a sua doutrina de que Jesus tornou-se Filho de Deus pela sua ressurreição, e citam para isso Romanos 1.4. Onde eles citam tais passagens, deveriam acrescentar as passagens bíblicas que provam ser Jesus o Filho de Deus, mesmo durante o seu ministério terreno, portanto, antes de sua morte e ressurreição, mas isso não o fazem.

A fé cristã nos obriga a crer que Jesus é o verdadeiro Deus e o verdadeiro homem. Jesus possuía duas naturezas: Humana e divina. A Bíblia está repleta de passagens que mostram o lado humano de Jesus, tanto nas características: Nasceu, cresceu, sentiu fome, sede, cansaço, sono etc., bem como a sua origem humana, traçada desde a genealogia. Isso, em nada neutraliza o lado divino e a sua filiação divina. Disse o apóstolo João: "Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus" (1 João 4.15). "Quem é o que vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?" (1 João 5.5). "Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem a Deus não crê, mentiroso o fez; porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu"(1 João 5.10).

O evangelho de Mateus - Eles recusam o evangelho de Mateus chamando-o de "Evangelho Duvidoso", pois se diz que foi escrito originalmente escrito em hebraico e depois traduzido para o grego. Nessa tradução, segundo eles, o texto foi corrompido. Alegam que é o único dos evangelhos que tem o batismo em nome da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo (Mateus 28.19); permissão para o divórcio (Mateus 19.9) salvação pelas obras (Mateus 25.34-36); substancia o papado (Mateus 16.16-19); considera o nascimento virginal de Jesus cumprimento de Isaías 7.14.

Só pelo fato de este grupo rejeitar o Evangelho de Mateus já tem o repúdio dos cristãos. Não é um grupo de pessoas obscuras e de conhecimento bíblico duvidoso que vai por em xeque uma obra que passou por escrutínio da mais alta erudição durante esses vinte séculos de cristianismo. Seus argumentos são artificiais e inconsistentes.

A Trindade - Tanto as Testemunhas de Iehoshua como seus dissidentes, ambos negam a Trindade, como é característica das seitas. Segundo Jo 17.3, a doutrina de Deus é uma questão de vida ou morte. Jesus classificou o assunto como o primeiro de todos os mandamentos (Mc 12.29).

O nome "Deus" é polissêmico na Bíblia. Aparece com referência ao Pai sozinho, como Deus verdadeiro e absoluto (Fp 2.11), em Jo 1.1: "...e o Verbo estava com Deus..."; com referência ao Filho, como sendo Deus absoluto, com toda a sua plenitude (I Jo 5.20; Cl 2.9; e na terceira parte de Jo 1.1: "...e o Verbo era Deus". Da mesma forma com relação ao Espírito Santo (At 5.3-4); e muitas vezes esse termo "Deus" se aplica à Trindade (I Co 15.28; Mc 12.32). O mesmo acontece com o tegragrama hwhy (YHWH) "YAHWEH", ou "SENHOR", conforme nossas versões do Velho Testamento. Refere-se ao Pai (Sl 110.1), ao Filho (Jr 23.5-6), ao Espírito Santo (II Sm 23.2-3), e à Trindade (Dt 6.4; Sl 83.18).

A Bíblia ensina que cada uma destas pessoas é Deus absoluto em toda a sua plenitude. Contudo não ensina um triteísmo, pois enfatiza a existência de um só Deus. A Trindade, portanto, é a união de três Pessoas distintas em uma só Divindade, e não em uma só Pessoa, pois a unidade de Deus é composta e não absoluta.

Os dissidentes do movimento de Ivo dos Santos Camargo, além de negarem a Trindade, recusam aceitar a autoridade do evangelho de Mateus. A Trindade está em toda a Bíblia e não meramente em Mateus. Nenhum cristão está autorizado a rejeitar certos livros da Bíblia pelas suas peculiaridades. O fato de Mateus ser o único a registrar a fórmula batismal não significa que o texto seja espúrio, pois cada livro da Bíblia sem as suas peculiaridades. Marcos foi o único registrou o moço desnudo que fugiu por ocasião de prisão de Jesus (Marcos 14.51, 52). Lucas foi o único que registrou a origem de João Batista, a infância de Jesus, a parábola do filho pródigo, as passagens do Rico e Lázaro e do Bom Samaritano. João foi o único que registrou o milagre de Caná da Galiléia, transformando água em vinho, a ressurreição de Lázaro, o lava pés etc. Isso, por si só, destrói completamente o interpretação das Testemunhas de Iehoshua.

Quanto à salvação pelas obras, convém salientar que a passagem de Mateus 25.34-36 não diz respeito à salvação. O texto fala do julgamento das nações. O divórcio não é peculiaridade de Mateus, Paulo também admitia o divórcio em certas circunstâncias (I Co 7.10-15). O nascimento virginal de Jesus é também confirmado em Lucas 1.34 "Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso, uma vez que não conheço varão?"

Conclusão - Ultimamente tem havido inúmeras "inovações" no meio do povo de Deus. Tanto fora da Igreja como no seio dela surgem as heresias. O apóstolo Paulo disse que Deus permite que isso aconteça para provar os fiéis (1 Co 11.19). É verdade que cada ser humano tem a liberdade pensamento e de expressão. Tem o direito de expressar seus pensamentos por mais exóticos que sejam. Causa-nos estranheza o fato de esses agentes dessas idéias excêntricas encontrarem adeptos, acharem quem acredite nessas invenções que mais parecem alucinações.

Os fundadores de seitas costumam dizer que receberam revelação direta de Deus. Geralmente essas revelações contradizem a Bíblia. Seus adeptos, muitas vezes, deixam a Bíblia para seguirem seus líderes. Isso aconteceu com Joseph Smith Jr, fundador do mormonismo; William Miller, depois Ellen Gould White, com o adventismo do sétimo dia; Charles Taze Russell, fundador das Testemunhas de Jeová; etc., e agora Ivo dos Santos Camargo, com as Testemunhas de Iehoshua.

Todo líder que procura impor uma inovação com base em suas supostas revelações, como doutrina básica de sua religião, deve ser rejeitado. A dona Valnice Milhomens resolveu defender a guarda do sábado porque, segundo ela, recebeu essa "iluminação" quando estava visitando Israel. Agora se insurge contra a ortodoxia cristã. Ainda que, no seu caso, não seja propriamente uma inovação, mas um retrocesso, pois os adventistas do sétimo dia já vem defendendo essa doutrina desde os dias da Sra. Ellen Gould White.

O nosso alerta à igreja se encontra no apóstolo Paulo: "Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem" (I Tm 4.16).

Fonte: ww.cacp.org.br