BLOG DO ADAIL

Conhecer a Deus é fundamento eterno de bem-aventurança - glória eterna. Não o conhecer é eterna perdição. Deste modo, o conhecimento de Deus é tudo: vivifica a alma, purifica o coração, tranquiliza a consciência, eleva as afeições, e santifica o caráter e a conduta. - Irmão Adail

"Ah, se pudéssemos ter mais fé num Salvador amoroso e vivo, e se pudéssemos abrir nossos corações o suficiente para receber mais do seu amor eterno, consumidor, constrangedor, penetrante; ah, se abríssemos nosos ouvidos para ouvir a doce voz do Noivo quando Ele sussura para nossas almas: "Levanta-te, meu amor, minha querida, venha, deixa as ilusões deste dia transitório. Ah, se sua voz arrebatadora pudesse alcançar nossos corações endurecidos para que tivéssemos sede e clamássemos por um relacionamento mais íntimo com o Salvador crucificado". - Pr. John Harper, que afundou com o TITANIC em 15.04.1912.

ATENÇÃO: O assento do escarnecedor pode ser muito elevado socialmente, todavia fica muito perto da porta do inferno, e logo ficará vazio.

"...prepara-te para te encontrares com o teu Deus" (Am 4.12). Como os crentes em Jesus podem viver com as malas prontas e prontos para partir? Não há mistério a este respeito; o bom senso nos deve indicar como fazê-lo. Estejamos inteiramente dedicados ao serviço de Cristo, todos os dias. Não vamos tocar no pecado com vara curta. Acertemos as contas com Deus. Vamos pensar em cada hora como uma dádiva de Deus para nós, para tirar dela o melhor proveito. Planejemos nossa vida, levando em conta setenta anos (Sl 90.10), entendendo que se o nosso tempo for menor do que esse prazo, isso não será uma privação injusta, mas uma promoção mais rápida. Vivamos no tempo presente; gozemos com alegria dos seus prazeres e abramos caminhos através de suas dores, contando com a companhia de Deus, sabendo que tanto os prazeres quanto as dores são passos na viagem para casa. Abramos toda a nossa vida para o Senhor e gastemos tempo conscientemente na companhia dEle, expondo-nos e correspondendo ao seu amor. Digamos a nós mesmos, com frequência, que a cada dia estamos mais perto. Lembremo-nos que o homem é imortal enquanto o seu trabalho não for realizado, e continuemos a realizar aquilo que sabemos ser a tarefa que Deus nos determinou para aqui e agora. Amém? - Irmão Adail

Uma única bomba devasta uma cidade, e o mundo está na era nuclear. Com a cisão de um átomo, temos um poder e uma força nunca vistos. Foguetes roncam no seu local de lançamento, e sua carga é despejada no espaço. Descobertas apenas imaginadas durante séculos são agora concretizadas à medida que começamos a explorar os confins do universo.

Vulcões, terremotos, maremotos, furacões e tufões deixam desprender sua força incontrolável e inexorável. Resta-nos procurar abrigo para mais tarde reunir aquilo que sobrou.

Poder, força, energia - observamos com admiração a exibição da natureza ou a obra do homem. Mas essas forças não se aproximam do poder de Deus onipotente. Criador de galáxias, átomos e leis naturais, o soberano Senhor reina sobre tudo o que existe e sempre será assim. Que tolice viver sem Ele, que estupidez correr e esconder-se de sua presença, e quão ridículo é desobedecer-lhe. Mas nós o fazemos. Desde o Éden estamos sempre à procura de sermos independentes de seu controle como se fôssemos deuses com o poder de controlar nosso próprio destino. E Ele tem permitido nossa rebelião. Mas, muito em breve, chegará o
DIA DO SENHOR.


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uma Saída de Mestre

Conta uma antiga lenda que na Idade Média uma pessoa muito influente assassinou uma mulher e fez com que a culpa recaísse sobre uma outra pessoa.

O inocente foi levado à julgamento e, evidentemente, condenado à morte.

Todos sabiam que aquele homem era inocente e que aquele julgamento era uma farsa.

Ao perceber que o público poderia se revoltar e se levantar à favor do réu, o juiz propôs ao acusado uma chance de "provar" sua inocência.

Valendo-se do fato que aquele homem era muito religioso, o juiz disse-lhe:

- Vou escrever num papel a palavra "CULPADO" e, num outro papel, a palavra "INOCENTE". Vou dobrá-los e colocá-los sobre a mesa. Você escolherá um deles e, caso você seja inocente, Deus fará com que você pegue o papel certo.
Porém, o juiz, que estava envolvido em toda aquela farsa, escreveu a palavra "CULPADO" nos dois papéis. Dobrou-os e os colocou sobre a mesa.

O homem, pressentindo a armadilha, em seu íntimo, pediu sabedoria a Deus.

Ao aproximar-se da mesa, pegou um dos papéis e o comeu.

O juiz, confuso, perguntou-lhe:
- Porque você comeu o papel, homem?Ele respondeu:
- O papel que eu comi, foi Deus que fez com que eu pegasse. A minha sentença deverá ser o oposto do que está escrito no papel que ficou sobre a mesa.



"Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; pois o que duvida é semelhante à onda do mar, impelida e agitada pelo vento. Não suponha tal homem que alcançará do Senhor alguma coisa; homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos" - Tiago 1-5-8.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Uma Coisa...



A frase "UMA COISA..." é encontrada dezesseis vezes na Escritura. Duas das ocorrências relacionadas com uma coisa são aquelas em que Cristo exigia dos rabinos, como condição de responder-lhes as perguntas, por exemplo: "Se o batismo de João era do céu" (Mateus 21:24,25; Lucas 20:3-4). Se eles não estavam sendo honestos nesses itens básicos, Jesus estaria desperdiçando o Seu tempo, tentando arrazoar com eles. Ele sabia que os rabinos não eram sinceros, mas estavam apenas tentando encontrar alguma coisa para acusá-Lo.
Nós pouparíamos muito tempo e esforço, se seguíssemos o exemplo de Cristo. Pedro nos exorta na 1 Pedro 3:15: "Antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós..." .
Por outro lado, Paulo nos admoesta: "E rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas. E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade..." (2 Timóteo 2:23-25). Então devemos distinguir entre os que têm fome genuína da Verdade e os que apenas desejam argumentar e fazer-nos perder tempo.
Existe ainda uma coisa que todo cristão, não importa quão novo seja na fé, deve saber e sobre o que deve dar testemunho. O cego de nascença, a quem Cristo restituiu a visão, disse simplesmente aos rabinos críticos: "Se é pecador, não sei; uma coisa sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo" (João 9:25). Essa cura física foi seguida pela cura espiritual das trevas do pecado, quando Cristo a ele se revelou (João 9:35-39).
Quando testifica sobre uma coisa, o novo crente cresce na apreciação de Cristo e no que Ele tem feito. A apreciação exige adoração e o Senhor responde, revelando-Se em medida cada vez maior, numa comunhão de amor, que transborda em frutífero testemunho. Infelizmente, alguns crentes ainda são imaturos na fé, mesmo depois de muitos anos de conversão a Cristo. Aquela sua primeira fé simples escassamente cresceu e sua apreciação por Cristo é tão ínfima que pouco têm dEle para compartilhar com os outros. Para esses crentes o dar um testemunho é muito mais difícil do que para os que têm um coração repleto do amor de Cristo.
As curas físicas e temporais que Cristo realizou falam das que são espirituais, "porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas" (2 Coríntios 4:18). Quando comissionou Paulo para levar a visão e a vida espiritual através do Evangelho, Cristo o enviou tanto aos judeus como aos gentios: "Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados, e herança entre os que são santificados pela fé em mim" (Atos 26:18). Todo cristão possui a mesma elevada vocação, embora sejam poucos os que a cumprem.
O que mais falta em nossas vidas não seria uma apreciação e um amor mais profundos por Cristo, expressos em contínua adoração a Ele, em nosso coração? Podemos estar ocupados servindo aos outros em nome de Cristo, a ponto de não termos mais tempo para a comunhão e adoração a Ele. Esse foi o problema de Marta: "E aconteceu que, indo eles de caminho, entrou Jesus numa aldeia; e certa mulher, por nome Marta, o recebeu em sua casa; e tinha esta uma irmã chamada Maria, a qual, assentando-se também aos pés de Jesus, ouvia a sua palavra. Marta, porém, andava distraída em muitos serviços; e, aproximando-se, disse: Senhor, não se te dá de que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude. E respondendo Jesus, disse-lhe: Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lucas 10:38-42). Seu dúvida, Cristo coloca a adoração antes do serviço.
Certamente, o que Cristo diz com uma coisa é necessária ainda hoje deve ser de capital importância para cada um de nós. Ao contrário de uma coisa que Pedro diz, a qual nos parece enigmática: "Mas, amados, não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia" (2 Pedro 3:8). Por que Pedro, inspirado pelo Espírito Santo, dá tamanha importância a esta especial informação?
Alguns têm tentado ligar essa exortação petrina a outra profecia, ainda mais misteriosa, para Israel: "Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele" (Oséias 6:2). Equacionando um dia com mil anos e contando a partir da rejeição de Israel e da crucificação de Cristo, alguns têm sugerido que a apostasia à fé cristã e o Reinado Milenar de Cristo ocorreria em 2032 (e o Arrebatamento em 2025). Pode até ser, mas não existe prova alguma. Tal declaração parece mais o estabelecimento de uma data, contra o que fomos admoestados "Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite" (Salmos 90:4). Esta declaração parece negar a interpretação de Oséias 6:2.
Em vez disso, ela diz algo de que podemos estar absolutamente certos e que concorda com a declaração de Pedro. Certamente uma coisa que toda pessoa que conhece o Deus verdadeiro deve verificar é o fato de que o Criador existe fora do tempo: "Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR" (Jeremias 9:23-24).
O que um dia é para nós, ontem, quando é passado, e amanhã, quando é futuro – é o mesmo para Deus. O tempo faz parte do universo físico, enquanto Deus, que criou tudo do nada, não faz parte de Sua criação, nem do universo (conforme ensinam os místicos orientais e a maioria dos sistemas ocultistas), não sendo este, portanto, uma extensão ou parte de Deus. O tempo não conta na eternidade. Ele não existia antes "do princípio" (Gênesis 1:1) e não mais existirá nos novos céus e na nova terra. Pedro está dizendo que entender essa uma coisa é fundamental à nossa fé. Por que? Porque ela nos diz que o pré-conhecimento de Deus deixa o homem livre para fazer suas genuínas escolhas. O fato de que Deus tem conhecido desde a eternidade o que cada pessoa vinda à existência iria fazer, não é, de modo algum, a causa dessas coisas. Sugerir (como alguns têm feito), que o pré-conhecimento e a predestinação/eleição são a mesma coisa (Romanos 8:29 e 1 Pedro 1:2), isto é, que Deus sabe o que vai acontecer no futuro porque Ele assim o quis, é negar a Sua Onisciência.
Josué apresenta uma coisa que ainda é instrutiva para nós, atualmente. Dentre suas palavras dirigidas a Israel, a recordação é confortadora: "E eis que vou hoje pelo caminho de toda a terra; e vós bem sabeis, com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma, que nem uma só palavra falhou de todas as boas coisas que falou de vós o SENHOR vosso Deus; todas vos sobrevieram, nenhuma delas falhou" (Josué 23:14) e Salomão na 1Reis 8:56: "Bendito seja o SENHOR, que deu repouso ao seu povo Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo".
Neste tempo de sedução da Psicologia, quando tudo deve ser "positivo" e tudo que for "negativo" deve ser descartado, deveríamos, mais do que nunca, nos lembrar de que o mesmo Deus que nos traz as prometidas bênçãos deve ser tão justo como fiel à Sua Palavra, quando traz o julgamento contra o pecado, conforme Ele prometeu. Este fato é visto nas duas últimas cenas de Cristo na Escritura: primeiro, sobre "um cavalo branco" e, finalmente no "grande trono branco". Cavalgando o cavalo branco Ele confronta, julga e destrói o Anticristo e os exércitos do mundo, no Armagedom. No grande trono branco, Ele julga os perdidos que rejeitaram o Seu sacrifício na cruz para a remissão dos seus pecados, quando serão condenados pelas suas próprias palavras e obras: "E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles" (Apocalipse 19:11)... "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo" (Apocalipse 20: 11-15).
Todos os que vão comparecer diante do grande trono branco já estarão mortos e irão para o inferno. Então não se trata aqui de salvação, mas da condenação, que terão de sofrer eternamente. Do julgamento final serão inescapáveis todos os que não tiveram Cristo como Salvador e Senhor, pois ele provém da justiça e integridade de Deus, conforme a Sua Palavra imutável: "Quem me rejeitar a mim, e não receber as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia" (João 12:48).
Davi, o pastor e doce salmista de Israel, também profeta e rei, é um dos tipos mais clássicos de Cristo em toda a Escritura. Ele teve muita coisa que o recomendasse. Até mesmo na juventude, quando derrotou um leão e um urso, tendo mais tarde confrontado o gigante Golias, diante do qual os exércitos de Israel se acovardaram (1 Samuel 17:32-36), sua grande coragem estava alicerçada numa inabalável fé no Deus de Israel: "O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? O SENHOR é a força da minha vida; de quem me recearei?" (Salmos 27:1). Ele era um homem de grande sabedoria e compaixão e sua capacidade de liderança foi completada com humildade. Mesmo tendo Davi pecado gravemente, Deus o chamou "um homem conforme [ou segundo) o meu coração" (Atos 13:22; 1 Samuel 13:14). Entendemos o porquê disso, quando lemos os seus salmos. A paixão de Davi pelo Deus de Israel foi uma coisa, pela qual, séculos mais tarde, Maria de Betânia iria também ansiar. (João 11:1; Lucas 10:42). "Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo" (Salmos 27:4).
A "formosura do Senhor"! Que intimidade Davi deve ter tido com o Criador infinito para falar nestes termos! Certamente ele estava assentado aos pés do Deus de Israel, o Senhor dos Exércitos, do mesmo modo como, certamente, uma simples adoradora chamada Maria iria se assentar, séculos depois, aos pés de Jesus, para escutar a Sua Palavra. Façamos o mesmo!!!
Quando foi que você e eu exultamos pela última vez diante da formosura do Senhor nosso Deus, o Criador da beleza, o qual nos deu a capacidade de admirá-la? E como "Deus é Espírito" (João 4:24), Davi estava falando de beleza espiritual, que é muito mais maravilhosa do que tudo que o olho humano pode ver, com os olhos da fé: "As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, E não subiram ao coração do homem, São as que Deus preparou para os que o amam (1 Coríntios 2:9) e "Os teus olhos verão o rei na sua formosura" (Isaías 33:17-a).
A paixão de Paulo era a mesma; nada poderia comparar-se ao conhecimento de Cristo e nada deveria atrapalhar o alcance do seu objetivo: "E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo..." (Filipenses 3:8). O clamor do seu coração era conhecê-Lo! (versos 10). E Paulo nos conduz a um pouco mais longe, em Filipenses 3:13-14: "Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus".
Conforme Pedro explica, Deus "nos chamou à Sua eterna glória", à completa restauração em Cristo de todos os perdidos em Adão - e muito mais - o grande desejo de Pedro era obter a totalidade de tudo que Deus desejava para ele. Esse desejo refletiu a paixão de Davi, de "morar na casa do SENHOR todos os dias", nele meditando, a fim de se tornar semelhante a Ele: "Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2 Coríntios 3:18). Até que, finalmente, quando O encontrassem na Glória, ele e Paulo pudessem dizer: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro" (1 João 3:2-3).
Existe uma coisa que foi literalmente aplicada a um homem em particular, mas que nos pode ser aplicada apenas espiritualmente, hoje em dia. Ao jovem rico, que desejava seguir a Cristo, o Senhor disse: "Falta-te uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, toma a cruz, e segue-me" (Marcos 10:21; Lucas 18:22).
Claro que o assunto não dizia respeito à salvação daquele jovem, mas ao serviço a Cristo. O Evangelho não exige que vendamos tudo quanto temos e muito menos que demos tudo aos pobres, a fim de sermos salvos. As obras nada têm a ver com a salvação: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2:8-9). Também Cristo não estava pronunciando uma regra a ser seguida por todos. Ele estava apenas expondo o coração daquele jovem, mas, infelizmente, o seu amor pelas riquezas o fez desistir de seguir o Senhor e, assim, ele perdeu o galardão celestial que poderia vir a receber.
O que diria hoje o Senhor a cada um de nós? Haverá uma coisa atrapalhando o seu caminho de legítima adoração e completo serviço a Ele? Uma coisa, talvez tão grande a ponto de evitar que Cristo ocupe o primeiro lugar? (Colossenses 1:18).
Será que Ele está nos dizendo em Sua Palavra: "Uma coisa te falta..." Talvez não estejamos servindo-O como deveríamos, nem estejamos ocupando tanto tempo quanto deveríamos no estudo pessoal da Bíblia e na oração. Pode haver muitas outras maneiras nas quais tenhamos falhado. Mas qual seria aquela que o Senhor nos apontaria como "uma coisa", qual seria a chave de todo o mais?
Que possamos dizer como Davi, Maria [de Betânia] e Paulo: Eu só desejo uma coisa, Senhor! É amar-Te mais, para Te conhecer melhor e ser capaz de apresentar-Te e apresentar a Tua Verdade claramente, de ser tudo e somente o que Tu planejaste para mim, desde toda a eternidade!
Poderia um verdadeiro cristão desejar menos que isso?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Elegância



Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara:
- a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada. É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam; também nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectar a elegância nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.

Não há livro humano que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza.
Atitudes gentis falam mais que mil imagens...
- Abrir a porta para alguém é muito elegante.
- Dar o lugar para alguém sentar... É muito elegante.
- Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem maravilhoso para a alma...
- Oferecer ajuda... É muito elegante.
- Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo.
A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado "brucutu", que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras".
Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Educação enferruja por falta de uso!
E, detalhe: não é frescura.
É elegância!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Como Combater o Desânimo



NÃO FIQUE DESANIMADO QUANDO ALGUNS REJEITAREM A SUA FÉ

Se você conhece um pouco de Bíblia, certamente já ouviu falar das dez pragas do Egito e como Faraó pouco ligou para quase todas elas, não dando ouvidos à mensagem de Moisés porque não conhecia nem respeitava a Deus. Aqueles que não conhecem a Deus podem não ouvir a sua Palavra ou os seus mensageiros, mas é preciso persistir, como fizeram Moisés e Arão. Quando outras pessoas rejeitarem sua fé, não se surpreenda ou desista, continue a falar-lhes de Deus, confiando nEle para abrir as mentes e quebrar os corações endurecidos.

NÃO DEIXE AS PESSOAS O DESANIMAREM

A ridicularização pode ferir profundamentem causando desânimo e desepero. Sambalate e Tobias (vide livro de Neemias), inimigos do povo de Deus, usaram a ridicularização para tentar dissuadir os judeus de construir o muro. No entanto, em vez de trocar insultos, Neemias orou, e o trabalho continuou. Quando você for escarnecido por sua fé ou criticado por fazer o que sabe ser correto, recuse-se a responder da mesma maneira ou tornar-se desencorajado. Diga a Deus como você se sente e lembre-se de que a promessa dEle está com você. Isto lhe dará encorajamento e força para continuar.

O DESÂNIMO MUITAS VEZES VEM APÓS UMA VITÓRIA ESPIRITUAL

O desânimo frequentemente aparece após grandes experiências espirituais, especialmente as que exigem esforço físico ou envolvem grandes emoções. Para tirar o profeta Elias da depressão, Deus primeiramente deixou que ele descansasse e se alimentasse. Então confrontou-o com a necessidade de retornar à sua missão - transmitir a mensagem divina ao povo. Suas batalhas não estavam concluídas, ainda havia muito trabalho a fazer. Quando nos sentimos fatigados após uma grande experiência espiritual, lembremo-nos de que o propósito de Deus para a nossa vida ainda não está terminado.

LEMBRE-SE DOS PROPÓSITOS DE DEUS QUANDO ESTIVER DESANIMADO

Realizar qualquer tarefa grande é algo cansativo. Existem sempre pressões que produzem o desânimo - parece que a tarefa é impossível, que nunca pode ser terminada, e há ainda muitos outros fatores trabalhando contra nós. A única cura para a fadiga e o desânimo é se concentrar nos propósitos de Deus. Voltando ao homem de Deus Neemias, ele lembrou aos trabalhadores que construíam o muro, que todos possuíam uma chamada, um objetivo, e a proteção de Deus. Se você for subjugado por uma tarefa, se estiver cansado e desanimado, lembre-se do propósito de Deus para sua vida e de seu propósito especial relacionado a esse projeto.

EVITE DEMONSTRAR DESÂNIMO QUANDO TESTEMUNHAR

Jesus tinha realizado muitos milagres, porém muitas pessoas ainda não criam nEle. Igualmente, muitos hoje não crerão apesar de tudo o que Deus faz. Não fique desencorajado se o seu testemunho de Cristo não levar tantos a se converterem a Ele quanto você gostaria. O seu trabalho é permanecer como uma testemunha fiel. Você é responsável por alcançar outros, mas estes são responsáveis por suas decisões.

REVERTA O DESÂNIMO TRANSFORMANDO-O EM OPORTUNIUDADES

Está escrito:
Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida... Filipenses 2.14-16.
Por que a murmuração e a contenda são tão prejudiciais? Se tudo que as pessoas souberem a respeito da igreja é que seus membros estão constantemente discutindo, reclamando e bisbilhotando, elas terão uma falsa noção a respeito de Cristo e das Boas Novas. A crença em Jesus deve unir todos aqueles que confiam nEle. Se a igreja estiver em constante murmuração e contenda, significa que lhe falta o poder unificador de Jesus Cristo. Páre de discutir com outros cristãos e de se queixar das pessoas ou das condições de sua igreja para que o mundo conheça o verdadeiro Cristo.

domingo, 22 de maio de 2011

Universalismo



Estas são as implicações do chamado Universalismo que também tem adeptos no meio evangélico:
Se todos os homens serão salvos, a urgência da evangelização deixa de existir (Onde moro, somente vemos de porta em porta pregando suas doutrinas, os "testemunhas-de-jeová" e os "mórmons"). Torna-se possível argumentar que outras maneiras de amar seu próximo são mais importantes do que procurar em primeiro lugar, como coisa mais importante, ganhá-lo para a fé no Senhor Jesus Cristo. Dessa forma, torna-se muito fácil nos afastarmos do evangelho da conversão para um evangelho social.
No decorrer da história da igreja, certos indivíduos carregaram um fardo de oração e pleitearam junto a Deus, noite e dia, em favor de homens que eles criam estarem perdidos. Essas pessoas oraram em termos de uma convicção viva de que, sem conversão, os homens irão para o inferno - irreparável e irrevogavelmente. Por amor e compaixão, eles caíam de joelhos e oravam para que Deus tivesse misericórdia e salvasse as almas. A questão para nós é: isto era necessário? O universalismo tem a ver não apenas com o que dizemos ao povo, mas também com a maneira como oramos pelo povo.
O universalismo é um problema hoje, também, porque é forte seu apelo pessoal. Os evangélicos tradicionalmente têm considerado o universalismo como um ensino moralmente debilitante e espiritualmente mortal, pois sugere que a conduta da pessoa aqui não importa e que estimula falsas esperanças de vida eterna, embora a pessoa não se arrependa nem creia. Os evangélicos, historicamente, têm reconhecido no universalismo a forma moderna da mentira de Satanás no Éden: "É certo que não morrereis".
Todavia, para sermos perfeitamente honestos, o universalismo é uma doutrina confortadora, quando nela se crê. O pensamento de que muitos de nossos queridos amigos estão se dirigindo para a desgraça e o tormento não é agradável, para com ele vivermos constantemente. Se somos cristãos normais, gostaríamos de não precisar viver com estas convicções. O universalismo, por outro lado, tem um forte apelo pessoal. É uma doutrina confortável, com a qual podemos viver, tão confortável quanto nunca poderia ser a doutrina evangélica acerca do castigo eterno. Tememos que muitos de nós tenhamos nos esgueirado para a idéia de viver e nos comportarmos como se o universalismo fosse uma verdade (o que é uma mentira do diabo).
O Novo Testamento sempre concebe o castigo eterno como consistindo de uma consciência agonizante da má recompensa que a pessoa está recebendo, do desprazer de Deus, do bem que a pessoa perdeu e do estado fixo irrevogável em que se encontra. Esta doutrina de castigo eterno foi ensinada na sinagoga, mesmo antes de nosso Senhor Jesus tê-la tomado e reforçado nos evangelhos. Toda a linguagem que causa terror em nossos corações - choro e ranger de dentes, trevas exteriores, o verme, o fogo, geena, o grande abismo no meio - é extraída diretamente dos ensinamentos do Senhor Jesus. É com Jesus Cristo que aprendemos a doutrina do castigo eterno.
UMA SEGUNDA CHANCE
No entanto, o universalista desenvolveu uma tese alternativa, uma doutrina de que, depois da morte, os que morrerem na incredulidade e entrarem no inferno, de que falou nosso Salvador, terão uma segunda chance. Deus ainda continuará lutando com eles por seu Espírito de graça; e o sucesso nesta luta ulterior é uma certeza. Deus continuará conclamando os homens ao arrependimento e fé, até que eles atendam e se submetam ao senhorio de Jesus.
Assim, esta não é uma doutrina que negue a realidade do inferno. O inferno é uma realidade, dizem eles, e os homens de fato irão para lá. Mas ele é apenas temporário; os homens podem sair dele. Nas palavras de Emil Brunner, o inferno é, segundo este ponto de vista, apenas "um processo pedagógico de purificação". O inferno, de acordo com esses homens, parece corresponder ao purgatório católico-romano. Esta não é uma doutrina do inferno, como destino definitivo, mas como estado penúltimo, uma doutrina de salvação fora das condições que o Novo Testamento descreve como castigo e destruição eternos.
OS ARGUMENTOS USADOS
Que argumentos poderiam ser apresentados para fundamentar uma opinião como esta? Há um grupo de textos bíblicos que parece prever a salvação de todos os homens: "a restauração de todas as coisas" (Atos 3.21); "atrairei todos (os homens) a mim mesmo" (João 12.32); "por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens" (Rom 5.18); "ao nome de Jesus se dobrará todo joelho" (Fil 2.9-11). Há outro grupo de textos que parece dizer que a intenção de Deus é salvar todos os homens: ele "deseja que todos os homens sejam salvos" (1Tim 2.4); "não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Ped 3.9). Também há outro grupo de textos que parece nos dizer que a cruz estabeleceu uma relação entre Deus e o homem que deve significar salvação universal: "Deus estava em Cristo, reconciliando consigo o mundo" (2Cor 5.19); "ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro" (1João 2.2); "Jesus provou a morte por todo homem" (Heb 2.9); "a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens" (Tito 2.11).
Todavia, estas três classes de textos, que supostamente provam o universalismo, na verdade não provam nada semelhante. Eles não são conclusivos pelos seguintes motivos:
- Todos eles admitem outra explicação, uma explicação mais coerente com o seu contexto, do que a explicação universalista;
- Todos eles estão justapostos a textos que afirmam que alguns perecem. Por exemplo, depois de Atos 3.21, onde Pedro fala da "restauração de todas as coisas", ele também diz que quem "não ouvir a esse profeta, será exterminado do meio do povo" (Atos 3.23). Em João 12.32, Jesus diz: "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo"; contudo, anteriormente Ele havia dito que alguns homens, diante do som da sua palavra, serão ressuscitados dentre os mortos para a ressurreição da condenação (João 5.29). E ao mesmo tempo em que Filipenses 2.9 diz que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho", afirma também, no capítulo seguinte (3.19), que o fim de algumas pessoas é a destruição;
- Não há nenhuma passagem bíblica que defenda qualquer insistência de Deus junto aos homens, depois da morte. Os universalistas têm apelado a 1Pedro 3.19, concernente ao fato de Jesus ter ido no Espírito pregar aos espíritos em prisão, os quais haviam sido desobedientes nos dias de Noé. Contudo, não importa como se exponha este texto, ele certamente não propicia base para a afirmação de que haverá uma pregação de nosso Senhor Jesus, depois da morte, a todas as almas no inferno e muito menos que tal pregação terá sucesso em todos os casos.
MAIS ARGUMENTOS DOS UNIVERSALISTAS
Deus é Amor
A Escritura nos diz que Deus é santo e que, dentro da sua santidade há um amor redentor manifestado na salvação dos crentes, enquanto uma justiça pura é manifesta na condenação dos incrédulos. Deus é amor, diz 1João 1.4-8, mas na mesma epístola nos é dito que Deus é luz (1.5). Os universalistas dizem que o fato de permitir que qualquer de suas criaturas sofra eternamente será um inferno para Deus. Todavia, onde a Bíblia ensina qualquer coisa parecida com isto? Esta é uma inferência especulativa que se afasta completamente do testemunho bíblico em relação ao mistério do Ser Divino.
A Vitória da Cruz
O Novo Testamento diz que a salvação é encontrada em Cristo. Ninguém está em Cristo, enquanto não for levado a Ele e ninguém é levado a Cristo sem fé. A fé é essencial. A reconciliação precisa ser recebida, e os que não a recebem permanecem sem ela. "Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus... mas sobre ele permanece a ira de Deus" (João 3.18,36). "O evangelho... é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê" (Rom 1.16). A Bíblia parece deixar bem claro que a vitória do Calvário propicia salvação tão somente à pessoa que crê. Além disso, o Novo Testamento define o propósito salvítico e o efeito da cruz em termos particularizados. "Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela" (Ef 5.25). Ele morreu para poder nos desarraigar deste mundo perverso. Os universalistas não conseguem explicar o que está fazendo nas Escrituras esta limitação que particulariza.
A idéia de uma segunda chance, uma chance que resultará em sucesso final, não ignora a fixidez, a irredutibilidade de um homem não regenerado, natural, escravo do pecado? Deus não tem uma revelação mais rica da sua graça para mostrar a Judas no mundo vindouro do que a que lhe foi mostrada no curso da sua vida neste mundo. Se você quer ver o amor de Cristo, há apenas um lugar para onde se recomenda que você olhe: para a cruz histórica. Se você rejeitar o evangelho da cruz nesta vida, porque o pecado cegou sua mente, não existem razões para esperar que você aja diferentemente no mundo futuro. A "persuação moral", tão somente, por mais intensa que seja, não modificará o coração dos homens, aqui ou na vida futura.
A idéia de uma segunda chance com sucesso, para aqueles que morrerem na incredulidade, não ignora a insistência da Bíblia no fato de que esta vida é decisiva? Havia um grande abismo colocado entre o rico e Lázaro (Lucas 16.26). "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo" (Heb 9.27). Não há sugestão de nenhuma segunda chance com sucesso, nestes versículos. No contexto de Hebreus, coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo. "Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2Cor 5.10). As coisas que realmente foram executadas no corpo voltarão para nós como nosso destino. Este será o nosso destino que manipulamos para nós mesmos, mediante as nossas escolhas aqui, o qual Deus, em seu último e solene ato de respeito pela realidade da responsabilidade humana, permitirá que tenhamos.
Deus perguntará: "Você escolheu permanecer sem mim? Então permanecerá sem mim!" Você escolheu, neste mundo, apartar-se de Jesus? No mundo futuro, Jesus dirá: "Afaste-se de mim. Você terá o que escolheu". Esta é a essência da doutrina bíblica acerca do juízo e do inferno.
Os destinos eternos são formados nesta vida.
- O segundo argumento teológico que eles usam deriva diretamente da crença que eles têm na vitória da cruz. Visto que a cruz, na verdade, assegurou a salvação de todos os homens, dizem eles, a fé não é objetivamente decisiva. A fé é simplesmente uma questão de chegar a reconhecer que você já foi salvo; quando você reconhece isso, então sorri, por assim dizer, e diz a Deus: "Muito obrigado!" No entanto, outra vez, este é um conceito que se afasta completamente do espírito das Escrituras.
"Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação" (2Cor 6.2).
- O Novo Testamento declara que Deus é amor. É impensável, dizem eles, a idéia de que, visto que o caráter de Deus é o amor, Ele tenha qualquer outra intenção a não ser a de salvar todas as suas criaturas racionais. O seu amor, em termos de redenção, precisa ser tão amplo quanto o seu amor na criação e, porque Ele é soberano e onipotente, este propósito não pode falhar. Nels Ferré (um universalista) diz: "Deus não tem filhos problemáticos permanentes". O Bispo Robinson diz que a justiça de Deus precisa ser imaginada como uma função do seu amor. Certamente é suficiente responder que na Bíblia os atributos de Deus não são em qualquer ponto representados como atributos uns dos outros.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Atos Proféticos e Feitiçaria Gospel

 



Por Marcelo Lemos


A pergunta que responderemos hoje, em nossa série Doutor Bíblia Responde, poderá nos levar á fúria dos “evangélicos” de nosso tempo. Nosso leitor, André Rodrigues, nos envia a seguinte questão:

Olá. Gostaria de saber o que são, na verdade, os atos proféticos tão praticados atualmente nas igrejas, e quais as relações (se é que têm relação) com os atos proféticos do Velho Testamento...”.

André, vou responder de modo curto e grosso, para depois expandir mais a resposta. Então, que os “evangélicos” segurem o rojão:

O que são os atos proféticos praticados em (muitas) igrejas evangélicas hoje? São trabalhos de macumbaria, travestidos como mensagem do Evangelho, e roupagem cristã judaizante. Ato profético é feitiçaria gospel!

Qual a relação de tais atos proféticos com os atos proféticos do Antigo Testamento? Não há qualquer relação, pois no Antigo Testamento não havia atos proféticos, pelo menos, não nas configurações neopentecostais.

ANATOMIA DOS ATOS PROFÉTICOS NEOPENTECOSTAIS

Boa parte da Igreja Evangélica de nossos dias foi invadida por práticas pagãs, as quais se enraizaram tão fortemente na mente e no coração das pessoas, que estou convencido de que frequentar uma Igreja Romana seria, anos luz, mais saudável. Claro, refiro-me, somente, as Igrejas Evangélicas que seguem tais práticas. Infelizmente, são muitas; talvez, a maioria delas.

Em ditas “igrejas”, o pastor virou xamã, revestindo-se da mesma mística, e dos mesmos poderes, que antes eram propriedade dos feiticeiros das casas de macumba. Os crentes, assim como os que buscam os terreiros, transformaram-se numa multidão de adoradores mercenários, a procura de um “cristo talismã”, que lhes desamarre os caminhos.

Mas, ainda precisamos relacionar os “atos proféticos” com os trabalhos de macumbaria. Coisa fácil de se fazer. Basta compararmos as duas anatomias. Um trabalho de macumba nada mais é que o homem valendo-se de ritos, e de objetos, a fim de manipular a ação da Divindade (ou das divindades, dependendo do caso).

Jostein Gaarder, na obra “O Livro das Religiões” (Cia. Das Letras), nos fornece uma descrição muito valiosa sobre o que seria a “magia”:

... o ser humano que se vale de ritos mágicos, ele está tentando coagir as forças e potencias a obedecer à sua ordem – que com frequência consiste em atingir finalidades concretas. Desde que os rituais mágicos sejam realizados corretamente, o mago acredita que os resultados desejados decerto ocorrerão, por uma questão de lógica”.

Se você trocar “mago” por “pastor”, “apóstolo”, ou mesmo “levita”, obterá um retrato fiel da espiritualidade 'evangélica' alimentada por muitas pessoas. Atos proféticos, e pontos de contato (como sabonetes, chaves, e rosas ungidas), possuem a mesma utilidade dos ritos e objetos utilizados em rituais de magia.

Pode ser que alguém nos imagine exagerando, então, vamos pedir a opinião do 'Pai-póstolo' Renê Terra Nova, entusiasta e incentivador de “atos proféticos”:

Mas, o que é um ato profético? É uma expressão, uma atitude visível da Igreja que tem uma referência e um respaldo no mundo espiritual. Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra” (Atos proféticos, comando de Deus ou invenção humana?, MIR).

Mensagens enviada ao “mundo do espírito”, a fim de que o “pastor” e o “crente” consigam conquistar alguma coisa desejada no “mundo físico”. Ato profético, portanto, é um meio do homem manipular o mundo espiritual, inclusive a ação dos demônios:

Se conhecermos a potencialidade da cobertura espiritual, impediremos que o diabo entre em nossas fronteiras, migre pelas bre­chas ou assalte pelas arestas. Os atos proféticos são uma ferramenta de Deus para impedir que sejamos apanhados de surpresa. Na verdade, é uma chamada de Deus para não permitirmos que o diabo adentre no nosso arraial... A realização desses atos emite mensagem no mundo espiritual, imobilizando a atuação do diabo e desatando a ação da igreja.” (Idem).

Em outras palavras, o pastor assumiu o lugar do feiticeiro, especializando-se em manipular as forças espirituais a seu favor. Seu suposto poder é tão grande, que inventou também a Cobertura Espiritual, com o que ameaça os rebeldes – os que lhes questiona - de serem amaldiçoados por Deus. Os macumbeiros mais poderosos hoje, estão em cargos de liderança nas ditas Igrejas Evangélicas.

E OS ATOS PROFÉTICOS BÍBLICOS?

Não há atos proféticos na Bíblia, nem mesmo no Velho Testamento. Vamos recordar a definição do xamã gospel Rene Terranova: “Digo que o ato profético é uma mensagem enviada ao reino do espírito que ratifica a ação da fé e da Palavra!”. Em que lugar das Escrituras lemos sobre patriarcas, profetas ou apóstolos realizando atos que eram “mensagens enviadas ao reino do espírito”? Em lugar algum!

O que esses falsários, sábios analfabetos em exegese, fazem, é sequestrar profecias bíblicas, deturpá-las de seu sentido natural e Evangélico, a fim encaixá-las em seus manuais de feitiçaria. Terranova apresenta sua primeira “prova” de que atos proféticos são bíblicos, valendo-se de Gênesis 3.15:

Você sabia que em Gênesis 3, quando Adão e Eva se esconderam atrás das folhas de figueira, Deus estava apontando para a cruz?” (Idem).

Todo cristão que já foi a Escola Dominical sabe que Gênesis 3.15 aponta para a Cruz de Cristo; Terranova não fala qualquer novidade aqui. Mas, que Gênesis 3 tem de ato profético? Se um ato profético é uma “mensagem enviada ao mundo do espírito”, onde encontramos tal coisa no texto de Gênesis 3, ou em qualquer outro texto inspirado pelo Espírito Santo?

O que encontramos em Genesis 3 não é um ato profético, não é um ritual de manipulação do mundo espiritual, mas uma tipologia; ou seja, um evento histórico que simbolizava a Obra de Cristo. Seu objetivo não era manipular o mundo espiritual, como ocorre nos atos proféticos, mas sim ensinar o povo de Israel sobre a realidade que estava por vir: Cristo!

Por esse motivo o Novo Testamento chama o Velho de “sombra”, pois é composto de eventos históricos, e da ritualística da Lei, que simbolizavam a realidade futura, feita presente no tempo na pessoa do Cristo: “Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombra das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo” (Colossenses 2.16,17).

De modo que, os simbolos do Antigo Testamento não eram atos proféticos que enviavam mensagens ao “mundo do espírito”, mas sim, símbolos que transmitiam mensagens aos homens, visando ensiná-los na Verdade.

Ainda mais ridícula é a tentativa de identificar atos proféticos no Novo Testamento. Sobre isso Terranova ensina: “A pregação do Evangelho, o batismo nas águas, a ceia do Senhor, a unção com óleo, o dízimo e a oferta são atos proféticos que serão realizados pela igreja, até que o Messias volte”.

Ora, desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quando comemos do Corpo e do Sangue de Cristo? Desde quando enviamos mensagens ao mundo do espírito quanto somos conduzidos as águas do Batismo? Qual lugar da Escritura ensina tal insanidade? O ensino bíblico sobre a Ceia, por exemplo, é que a mesma consiste em um serviço de adoção a Deus (Liturgia), e uma proclamação publica (feita aos homens!) da mensagem do Evangelho: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha!” (I Cor. 11.26).

Ainda que os seres celestes, de fato, nos assistam na trajetória cristã, inclusive em nossos serviços litúrgicos (I Cor. 4.9; 11.10); o Culto Público é prestado a Deus, e somente a Ele; transformar o Culto em uma mensagem enviada ao “mundo do espírito”, a fim de manipular forças espirituais, é paganizar a fé cristã! A simbologia litúrgica do cristianismo, em boa parte perdida no pós-puritanismo, não nos coloca em contato com o mundo dos espíritos, mas nos ensina sobre a realidade escatológica por vir:

“O culto, portanto, é uma assembleia de antecipação escatológica. Vejam que Cristo lhe dá esta dimensão quando diz, na instituição da Santa Ceia, substituta da Páscoa judaica: "Pois vos digo que nunca mais a comerei, até que ela (a Páscoa) se cumpra no reino de Deus" (Lc 22.16). Toda vez, pois, que se celebra a Santa Ceia o quadro simbólico do culto sacrificial se repete e uma antevisão escatológica se realiza” (Rev. Onézio Figueiredo, citado em Conta-gotas de sabedoria)

O que a simbologia bíblica reflete é uma pedagogia divina, e não um ritual de magia; porém, os xamãs evangélicos querem deturpar até a pedagogia de Cristo. Como todo leitor das Escrituras há de saber, Jesus sempre fez uso de parábolas e ilustrações para transmitir seus ensinamentos; para os feiticeiros evangélicos, o que Jesus fazia era “atos proféticos”. Com a palavra, Renê Terranova:

“Jesus utilizou-se de muitas figuras do reino físico para ilustrar mensagens alusivas ao reino do espírito. Quando disse: destruirei esse templo e em três dias o reconstruirei, Ele falava numa linguagem profética (Jo. 2:19). As pessoas ao ouvirem-no olhavam para um templo físico, enquanto o Mestre aludia-se ao espiritual. Eles diziam: como o Senhor fará tal feito em três dias se nossos pais levaram 40 anos constru­indo esse templo?”.

Observem, apesar de sua fixação pelo tal “reino do espírito”, Terranova não é completo ignorante em exegese. De fato, Jesus se valia de elementos do mundo físico para ilustrar verdades espirituais. Até aqui nada a acrescentar. O que destoa o discurso mágico dos neopentecostais, é alegar (ou mesmo insinuar) que as parábolas utilizadas por Jesus eram “atos proféticos”, os quais são “mensagens enviadas ao mundo do espírito”. Uma parábola é o que uma parábola sempre foi: um método didático, que, obviamente, objetiva ensinar aos homens!

Quando Jesus quis enviar “mensagem” ao “reino do espírito”, Ele não fez uso de parábolas, nem de quaisquer outra classe de figuras, simplesmente ordenou Sua vontade:

E andava pastando diante deles uma manada de porcos. E os demônios rogaram-lhe, dizendo: Se nos expulsas, permite-nos que entremos naquela manada de porcos; e Ele lhes disse: Ide!” (Mateus 8.30-32).

Se Jesus seguisse o manual neopentecostal dos gedozistas, teria feito um ato profético! Talvez, imagino, tivesse ordenado aos discípulos criar um boneco de porco, a fim de arrebentá-lo a pauladas, com muita autoridade, enviando assim, uma mensagem ao “mundo do espírito”, 'liberando' (sic) o caminho de sua pregação. Ou, se o tempo fosse curto, ordenaria que todos levantassem a barra das saias, e saíssem urinando nas cercas do nefasto chiqueiro, demarcando território; coisa bem apropriada para Aquele que é o Leão (risos).

Todavia, o alvo das parábolas, apesar de didático, não era facilitar o entendimento das pessoas, mas sim, forçá-las a meditar mais seriamente nas realidades espirituais nelas inseridas (João 16.29,30). Um outro objetivo das parábolas de Jesus, normalmente negligenciado por pregadores populares, era impedir que os reprovados compreendessem a Mensagem do Evangelho:

Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado... Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e vendo, vereis, mas não o percebereis!” (Mateus 13.11, 13-14).

Atos proféticos? Não, método didático, assim como as figuras e os rituais do Antigo Testamento.

Que são os atos proféticos feitos em muitas igrejas? São trabalhos de feitiçaria, com roupagem cristã e judaizante, cujo objetivo é manipular o reino dos espíritos, enviando-lhes comandos e ordens. Qual a relação com os atos proféticos bíblicos? Não há relação, pois a Bíblia não ensina nada sobre tal prática. Apesar da Bíblia estar repleta de simbologias, o alvo das mesmas, como vimos, é servir ao ensino dos crentes, e não manipular o mundo espiritual.
Do Blog PICARETÓLOGOS

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Autodivinização



Inacreditavelmente, o primeiro pecado do querubim Lúcifer que Deus criou, aconteceu num ambiente perfeitamente sagrado: o Céu. Isso pareceria incompreensível, tendo em vista o que nos diz a Escritura sobre o Céu, o local da habitação de Deus. Também igualmente espantoso é que Adão e Eva, os quais se encontravam num ambiente perfeitamente sagrado e nem haviam conhecido o pecado, tivessem sido seduzidos pelo mesmo Lúcifer (portador da luz), mais tarde chamado Satanás (Adversário) e "aquela antiga serpente" (Apocalipse 12:9 e 20:2).
A Escritura não nos conta, especificamente, o que se encontrava no coração e na mente de Lúcifer e de Adão, que os tenha preparado para pecar mas, com relação a Eva, temos um pouco mais de insight: "E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela" (Gênesis 3:6). Uma coisa fica óbvia com relação aos três seres criados: eles colocaram o seu EGO acima de Deus. Isto é o que determina todo pecado.

Novamente, tudo havia começado com Lúcifer no Céu. Os seus "eu quero" são todos embasados no EGO, desde o automelhoramento até a auto-estima, a auto-exaltação, a autossatisfação. Esta progressão conduz, inevitavelmente, a outros dois egoísmos: o auto-engodo e a autodestruição. Como Satanás é totalmente auto-enganado e estando, provavelmente, em busca de mais apoio, a fim de comprovar sua tese de "subir sobre as alturas das nuvens", ele trouxe essa mentira para a Terra, onde seduziu Eva com a promessa de que ela poderia ser "semelhante ao Altíssimo".
A divinização, como um objetivo da humanidade, é a religião do Adversário e vai culminar com um homem possuído pelo próprio Diabo. Conforme lemos na 2 Tessalonicenses 2:4, o Anticristo "se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus". Talvez, seja este o único meio dele alcançar o seu principal objetivo, que é ter o mundo inteiro adorando-o. O mesmo pensamento de ter o Senhor seu Criador ajoelhando-se e adorando-o (conforme Mateus 4:9) demonstra não apenas sua egoísta ambição, mas também quão auto-absorto e auto-enganado ele é. Esta é também a principal característica da humanidade.
A Escritura mostra que depois do seu pecado, Adão e Eva deram sua primeira resposta a Deus, a qual foi uma forma de se defenderem. Após sua fútil tentativa de se esconderem de Deus, cada um deles começou a censurar o outro: Adão acusou Eva e Eva acusou a serpente pela sua desobediência. Como resultado, uma tendência de autosserviço (o trágico resultado do seu pecado) tem impregnado o coração da humanidade. Como se pode ver, do princípio até nossos dias, esta característica tem prevalecido em meio a toda a raça humana, como uma praga ininterrupta.
Regras próprias estão no coração de cada pessoa, até mesmo entre os nascidos de novo em Cristo. Satanás não tem perdido oportunidade alguma de induzir o mundo a buscar o seu ilusório preço da autodivinização. A idéia de que o homem poderia se tornar um deus, ou parte de Deus, ou a de que ele é bom, porém não descobriu ainda a sua divindade, pode parecer absurda a algumas pessoas, mas somente porque elas estão despercebidas de como esta crença é prevalecente. Além disso, a partir de uma perspectiva bíblica, o critério para ser um deus é talvez muito simples. Qualquer pessoa que não tiver se submetido a Jesus Cristo e não tenha se reconciliado com Deus, através do sacrifício perfeito de Cristo pelos nossos pecados, pode se qualificar como sendo um deus - ou seja - um autônomo ou autogovernante, que se elevou acima do Criador. A causa básica de muitos problemas no mundo de hoje não é que o homem deixe de reconhecer sua divindade, mas que existem sete bilhões de deuses neste planeta, cada um deles fazendo sua própria vontade.
Satanás tem vendido a divinização há muito tempo, através de alguma religião particular. Quase um bilhão de hindus acreditam que são deuses e também qualquer pessoa que aceita a tola visão de que Deus "é tudo e tudo é Deus". A (suposta) divindade deles é alcançada ou descoberta através da Ioga, da autorrealização e da tentativa de alcançar o estado espiritual final - sua união com Braman (o Deus maior). Quinhentos milhões de budistas rejeitam um Criador transcendente, em busca do equivalente à divindade (conhecido como Buddhahood), a qual é obtida através da iluminação, ou perfeita sabedoria, quando a pessoa segue as Quatro Verdades Nobres e os Oito Passos. O budismo tibetano é promovido em todo o mundo ocidental pelo Dalai Lama, o qual tem induzido centenas de milhares (inclusive, milhares somente nas cidades americanas) à Iniciação Kalachakra Tântrica. Kalachakra é tanto uma divindade tântrica como uma prática de meditação. A primeira é uma manifestação de Buda, a qual é invocada para conduzir o iniciado a se tornar um bodhisattva, um deus iluminado, um status afirmado pelo próprio Dalai Lama.
O misticismo oriental, com o seu objetivo de divinização, tem transformado o Ocidente numa tsunami [espiritual], depositando sua blasfema poeira sobre a Cristandade. A Ioga (ligando quem medita a Braman), a qual, algumas décadas atrás, tornou-se uma armadilha oferecida na Associação Cristã de Moços (ACM), agora é oferecida e praticada dentro de inúmeras igrejas, inclusive nas que professam ser evangélicas. Os gurus, tais como Bhagwan Shree Rajneesh, Swami Muktananda e Maharishi Mahesh Yogi contribuíram na difusão da Nova Era, a qual é uma mistura de crenças e práticas orientais, reembaladas para se tornarem atraentes e prontamente aceitas na cultura ocidental. Muktananda fala assim, para todos os gurus e para os defensores da Nova Era: "Honrem a si mesmos; adorem a si mesmos e meditem sobre si mesmos, pois Deus habita dentro de vocês e é como vocês mesmos".
O falecido Maharishi Mahesh Yogi, o guru dos Beatles, revisou o seu Movimento de Regeneração Espiritual (Leiam Hinduísmo), transformando-o numa técnica inacreditavelmente mais aceitável de Meditação Transcendental. Os praticantes da Meditação Transcendental simplesmente se apossaram da cidade de Fearfields, Iowa, local da Maharishi University. A escola diz ter transformado a comunidade através do Efeito Maharishi, um pequeno programa TM iniciado nos anos 1980, afirmando reduzir a taxa de crimes através do efeito positivo da meditação coletiva. As estatísticas do condado de Fairfield / Jefferson, durante a década de 1990, negam essa afirmação mostrando um progressivo aumento de crimes (www.behind-the-tm-facade.org/maharishi_effect-fairfield.htm).
A mentira da divinização é sempre seguida pelo engodo dos chamados "homens bons". Rajneesh foi deportado de volta à Índia, depois que os seus principais discípulos foram presos no Oregon, sob a acusação de assassinato. Maharishi arrecadou milhares de milhares de dólares vendendo a fraudulenta habilidade de levitar através da MT. Muktananda, o guru de muitas celebridades de Hollywood, nos anos 1980, embora pregasse o celibato, foi acusado pelos líderes superiores de sua seita de seduzir mulheres. Ironicamente, o seu sucessor é uma mulher - a Gurumayi Chidvilasananda, que ensina o mantra "Om Namah Shivaya" (honro a divindade que reside dentro de mim). Ela é a guru de Elizabeth Gilbert, autora do bestseller Eat, Pray, Love (Comer, Orar e Amar). Oprah Winfrey endossou os documentos do livro, no tempo que Gilbert passou num ashram na Índia, o qual agora se transformou em filme teatral produzido por Brad Pitt e estrelado por Julia Roberts.
Divinizar-se é dificilmente uma exclusividade das religiões orientais. Onde se encontra o levedo do misticismo, ele inevitavelmente se espalha a alguma forma de união com Deus, significando tornar-se Deus. Considerem o Mormonismo, o Islamismo e o Catolicismo Romano, por exemplo. Todas estas três religiões são legalistas, conquanto, ao mesmo tempo, muito experimentais. Aos homens mórmons, é ensinado que eles se tornam deuses, se seguirem fielmente os ensinos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – "um homem é como Deus foi antes; como Deus é, o homem pode se tornar". A maioria dos mórmons afirma que a veracidade da doutrina da divinização (para mulheres a divinização da gravidez eterna) é afirmada através da oração seguida por uma sensação de queimação no peito, proveniente de Deus. Ao contrário do seu sistema legal sharia, o misticismo islâmico é encontrado no Sufismo, onde os devotos alcançam a união com Alá. Os antigos místicos do Catolicismo romano, conhecidos como Pais do Deserto, que se tornaram ícones espirituais do Movimento da Igreja Emergente, desenvolveram crenças e práticas pouco diferentes dos iogues, gurus e sacerdotes do Hinduísmo e do Budismo. Esta é uma das razões por que os místicos católicos tais como o monge trapista Thomas Merton e os padres Henri Nouwen e Thomas Keating têm tantos seguidores entre os padres e freiras das igrejas (bem como entre muitos evangélicos). Não precisamos ir até os seus escritos para encontrar a posição da igreja de Roma referente à divinização. Ela é pronunciada muito claramente no parágrafo 460 do Catecismo da Igreja Católica: "o verbo se fez carne para tornar-nos ‘co-participantes da natureza divina’ (2 Pedro 1.4): Pois esta é a razão pela qual o Verbo se fez homem, e o Filho de Deus, filho do homem: é para que o homem entrando em comunhão com o Verbo e recebendo a filiação divina se torne filho de Deus. Pois o Filho de Deus Se fez homem para nos fazer Deus - o Filho unigênito de Deus querendo-nos participantes de Sua divindade assumiu a nossa natureza, para que Aquele que se fez homem dos homens fizesse deuses".
A divinização como doutrina desempenha uma parte importante na metodologia dos ensinos da Confissão Positiva da Palavra da Fé. A versão de Kenneth Copeland para "mentir" foi idêntica à que a maioria dos mestres da prosperidade estava promovendo: "E vocês compartilham humanidade a um filho que nasceu de vocês. Porque vocês são humanos é que compartilham a natureza da humanidade com o filho. Deus é Deus. Ele é Espírito... e Ele compartilhou com vocês, quando vocês nasceram de novo. Pedro disse isto claramente na 2 Pedro 1:4, que somos co-participantes da ‘natureza divina’. Esta natureza permanece eternamente viva em absoluta perfeição, e foi compartilhada com vocês por Deus, do mesmo modo que vocês a compartilham com um filho a natureza humana. Esse filho não nasceu como uma baleia. Ele nasceu humano ... Bem, agora vocês não têm apenas uma natureza humana. Você não têm um Deus em vocês. Vocês são deuses."
Outro líder do Movimento Palavra da Fé declara a necessidade de praticar a divinização: "Até entendermos que somos pequenos deuses e começarmos a agir como pequenos deuses, não poderemos manifestar o Reino de Deus". As raízes modernas desta heresia podem ser traçadas retroativamente às seitas da ciência religiosa como: Ciência Cristã e Escola da Unidade do Cristianismo, as quais coletaram muitas de suas crenças básicas do Hinduísmo.
As profecias bíblicas cumpridas são uma prova irrefutável de que a Palavra de Deus é exatamente isto. E podemos reconhecer facilmente o que Ele disse que iria acontecer quando estamos vendo acontecer.
O Senhor vai nos arrebatar deste mundo, antes do Anticristo se declarar como "Deus", de forma que não estaremos aqui, quando isso acontecer. Contudo, existe um verso relacionado à autodivinização, com tanta evidência, que nenhuma pessoa razoável pode negar o seu cumprimento atualmente. Na 2 Timóteo 3.1-2 Paulo escreve: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos..."
Embora os humanos estivessem enamorados de si mesmos, desde o Jardim do Éden, não existiu nenhuma outra geração na história que estivesse tão preocupada consigo mesma, a ponto de fazer de si mesma a chave para a solução dos problemas da humanidade. Temos aqui uma litania dos populares autoconceitos e atividades positivas: autoestima, auto-imagem, autoconficança, auto-aceitação, autoperdão, auto-afirmação, automelhoramento, autoconsideração positiva, autodeclaração, afirmação positiva, atitude mental positiva, pensamento positivo, pensamento da possibilidade, potencial humano, etc., etc., etc.
O pré-requisito para tudo isto é o auto-amor, a pedra fundamental da psicologia humanista; consequentemente, por causa da extraordinária influência da chamada Psicologia Cristã, uma doutrina falsa, porém muito popular entre os evangélicos. A conexão entre a Psicologia e o misticismo oriental, com a sua necessária ênfase sobre o EGO, é clara, conforme o historiador Jacob Needleman observou:
"Um grande e crescente número de psicoterapeutas está agora convencido de que as religiões orientais oferecem uma compreensão da mente muito mais completa do que tudo que antes foi visualizado pela ciência ocidental. Ao mesmo tempo, os próprios líderes das novas religiões... os numerosos gurus e mestres espirituais, agora no ocidente, estão reformulando e adaptando os sistemas tradicionais conforme a linguagem e atmosfera da Psicologia moderna".
Com todos estes movimentos disparatados, não é de admirar que homens e mulheres perturbados em toda a America já não saibam se precisam de ajuda psicológica ou espiritual. A linha que divide o terapeuta do guia espiritual está confusa.
O anticristo, empossado com os sinais e maravilhas da mentira, e buscando adoração, será o último terapeuta e guia espiritual. Embora afirmando ser Deus, ele oferecerá o potencial da divinização, inclusive os poderes demoníacos que ele será capaz de exibir a todos os que o seguirem, divinizando-se a si mesmos. A mentira do início é a mentira do fim.
O levedo da mentira parece ter operado o seu caminho no mundo inteiro, inclusive em muitas igrejas, as quais têm olhado mais para o mundo do que para a Palavra. Qual é a resposta da Palavra de Deus? 2 Tessalonicenses 2.10-11: "E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira".Contudo, o Senhor não deixou os crentes sem uma defesa contra a sedução da mentira. Jesus orou ao Pai: "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade". (João 17:17)Sua exortação em João 8:31-32, quando obedecida, irá nos livrar da fortaleza do EGO: "Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".
TBC Novembro, 2009 - "The First and Final Lie: Self Deification".

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Maior Tesouro



Conta-se que, certa vez, um homem caminhava pela praia numa noite de lua cheia. Ele pensava desta forma:
"Se tivesse uma casa grande, seria feliz". "Se tivesse um excelente trabalho, seria feliz. Se tivesse uma companheira perfeita, seria feliz".
Nesse momento, tropeçou numa sacolinha cheia de pedras e começou a jogá-las, uma a uma, no mar, enquanto dizia: "seria feliz se tivesse..."
Assim o fez até que a sacolinha ficou com uma só pedrinha, que decidiu guardar.
Ao chegar em casa, percebeu que aquela pedrinha tratava-se de um diamante muito valioso.
Você imaginou quantos diamantes jogou no mar, sem parar para pensar?
Quantos de nós vivemos jogando fora nossos preciosos tesouros por estar esperando o que acreditamos ser perfeito ou sonhando e desejando o que não temos, sem dar valor ao que temos perto de nossas mãos?
Olhe ao seu redor e, se você parar para observar, perceberá quão afortunado você é. Muito perto de você está a sua felicidade.
Observe a pedrinha, que pode ser um diamante valioso.
Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso e insubstituível. Depende de nós aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ajudar ao Próximo



Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, também chamada de Paraolimpíadas, nove participantes, todos com deficiência mental ou física alinharam-se para a largada da corrida dos cem metros rasos.

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com a vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, exceto um garoto, que tropeçou no piso, caiu rolando e começou a chorar.

Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo olharam para trás. Viram o garoto no chão, pararam e voltaram. Todos eles!

Uma das meninas, com Síndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: "pronto, agora vai sarar".

E todos os noves competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.

O estádio inteiro levantou e não tinha um único par de olhos secos. E os aplausos duraram longos minutos.

As pessoas que estavam ali, naquele dia, repetem essa história até hoje. Por quê? Porque, lá no fundo, nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho, é ajudar o próximo a vencer também, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso.

Que cada um de nós possa ser capaz de diminuir o passo ou mudar de curso para ajudar alguém que em algum momento de sua vida tropeçou e precisa de ajuda para continuar!
 
"Amarás o teu próximo como a ti mesmo" - Mateus 19.19.

domingo, 15 de maio de 2011

63 Anos Fundação Novo Estado de Israel



Logo após o anúncio do estabelecimento do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, os exércitos de Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram aquele país, dando início à Guerra da Independência.




Recém-formadas e pobremente equipadas, as Forças de Defesa de Israel (FDI) conquistaram uma expressiva vitória, após quinze meses de combate. Ao vencer sua primeira guerra, Israel concentrou os seus esforços na construção do seu Estado. Foram, então, eleitos David Ben Gurion (primeiro-ministro) e Jaim Neizmann (presidente).



Desde o ano 70 d.C. os israelenses estavam sem território próprio e sofriam terríveis perseguições. Na Idade Média, foram queimados aos milhares em praça pública pela Igreja Romana, sob o domínio do inquisitor Torquemada. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), mais de seis milhões deles foram brutalmente assassinados, no Holocausto.



Infelizmente, há desalmados (inclusive no meio evangélico) tentando minimizar o Holocausto, o que é um absurdo. Há muitas imagens sobre aquela tragédia sem precedentes. Vi, na quinta-feira, num documentário da National Geographic, uma filmagem que não sai da minha mente. Homens, mulheres, jovens, adolescentes, crianças e até criancinhas de colo, todos despidos, entrando em um enorme buraco para seres fuzilados.



Graças a Deus, a partir de 1948 (apenas três anos após o término da II Guerra), Israel passou a colecionar muitas vitórias. E hoje é uma grande potência mundial. Sua tecnologia e seu modelo de administração são exportados para todo o mundo.



A existência de Israel é um fenômeno singular, racionalmente incompreensível, uma prova da existência de Deus. Séculos vêm e vão, povos florescem, alcançam seu apogeu, envelhecem e desaparecem. Mas Israel, ao longo de quase seis mil anos, não foi atingido pela lei da mortalidade dos povos.



É verdade que Israel não foi fiel ao Senhor, trazendo sobre si duras consequências (Rm 11). Entretanto, a Palavra de Deus diz que “o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado” (Rm 11.25). A julgar pelo florescimento dessa nação, nesses 63 anos, o tempo da plenitude gentílica está chegando.



E tudo isso evoca a última oração da Bíblia: “Ora vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).



Ciro Sanches Zibordi

sábado, 14 de maio de 2011

Em Tudo Dai Graças



Charles Plumb era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil.


Plumb saltou de pára-quedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita. Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.

Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:

- Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?

- Sim, como sabe?, perguntou Plumb.

- Era eu quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?"

Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu:

- Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje. Muito obrigado!

Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, lembrando-se de quantas vezes havia passado por aquele homem no porta-aviões e nunca lhe disse nem um "bom dia". Era um piloto arrogante e aquele sujeito, um simples marinheiro.

Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.

Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia:

"Quem dobrou seu pára-quedas hoje?".

Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: físico, emocional, mental, espiritual.

Jamais deixe de agradecer.

Em tudo dai graças. I Tessalonicesses 5.18

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nadador Precavido




Conta-se que um excelente nadador tinha o costume de correr até a água e molhar somente o dedão do pé antes de qualquer mergulho.

Alguém intrigado com aquele comportamento, lhe perguntou qual a razão daquele hábito. O nadador sorriu e disse:

- Há alguns anos, numa certa noite perdi o sono e fui à piscina para nadar um pouco. Não acendi a luz, pois a lua brilhava muito.

Quando eu estava no trampolim, vi minha sombra numa parede à minha frente. Com os braços abertos, minha imagem formava uma magnífica cruz.

Em vez de saltar, fiquei ali parado, contemplando aquela bela imagem. Nesse momento pensei na cruz de Cristo e em seu significado.

Eu não era um cristão, mas quando criança aprendi que Jesus tinha morrido para nos salvar.

Sentei-me no trampolim, enquanto aqueles ensinamentos vinham-me à mente. Não sei quanto tempo fiquei ali parado, mas, ao final, eu estava em paz com Deus.

Desci do trampolim e resolvi apenas tomar um gostoso banho, quando, para meu assombro, descobri que haviam esvaziado a piscina naquela tarde.

Naquela noite a cruz de Cristo salvou-me duas vezes: da morte física e da morte espiritual.

Por isso molho o dedão do pé, antes de saltar.



Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.


Romanos 6.23