Durante os últimos trinta anos, muitos crentes em Cristo perderam o seu forte interesse no estudo da profecia bíblica. Mas, quando a guerra no Golfo Pérsico explodiu, a literatura apocalíptica tornou-se um dos assuntos mais quentes nas livrarias evangélicas. Até mesmo a revista americana mundialmente conhecida Time publicou um artigo de duas páginas sobre o assunto. Uma irmã em Cristo que há anos não frequentava os cultos telefonou para uma denominação evangélica que cria na Bíblia, próxima à sua casa, durante a guerra, para perguntar: "Será que esta é a Batalha do Armagedom?" É evidente que não era. Mas, assim como os pensamentos foram atraídos para os ensinamentos da segunda vinda de Jesus depois da Revolução Francesa e do torvelinho subsequente na Europa, as pessoas identificam hoje o foco no Oriente Médio como "sinal dos tempos". E não estão muito enganadas. Os profetas hebreus profetizaram que os eventos mundiais teriam como foco o Oriente Médio, a Babilônia, as nações árabes, Israel e a Rússia nos últimos dias - exatamente as nações que ocupam as manchetes nos dias atuais.
O que tudo isto significa, afinal? Alguns crentes de dura cerviz duvidam, mas tudo isto sugere que o relógio profético de Deus está começando a se mover novamente e as pessoas estão mostrando interesse renovado pela profecia bíblica. Isto não inclui a "febre milenar" que muitos prevêem como um fenômeno crescente dos últimos dias. Tal fenômeno também ocorreu no fim do primeiro milênio, quando houve especulações extravagantes sobre a volta de Jesus entre 990 A.D. e o ano 1000. Não há dúvidas de que, nestes últimos dias, tanto mais pessoas começarão a esperar a volta do Senhor. De fato, é certo que muitos mais falsos Cristos e especulações ainda mais ousadas surgirão. Se os anos 990-1000 A.D. foram uma indicação do que podemos esperar, os crentes em Cristo precisam saber o que a Bíblia ensina sobre este importante assunto, pois temos muito mais evidências hoje de que Jesus pode voltar durante a nossa vida do que havia em 999 A.D.
A mais antiga teoria relativa à volta de Jesus é anterior ao cristianismo. Alguns judeus acreditavam na vinda do Messias para cumprir as promessas sobre o reino, no sétimo milênio depois da Criação. Esta conjectura era baseada na combinação dos sete dias da criação e da afirmativa bíblica de que para Deus "um dia é como mil anos". Já que Deus criou a Terra em seis dias e então descansou, e como "um dia é como mil anos", os quatro mil anos da história do Antigo Testamento que já haviam passado sugeriam que o Messias viria num prazo de dois mil anos. Isso seria seguido de uma era do reino, que corresponderia ao sétimo dia da criação. Esses judeus supunham que Israel iria gozar do descanso do reino durante mil anos após a vinda do Messias. Quando alguns cristãos na igreja primitiva notaram em Apocalipse 20 que o reino duraria mil anos, eles supuseram que Jesus voltaria para buscar a Sua igreja cerca do ano 2000.
Basta dizer que tais idéias, embora sem base bíblica, serão sempre usadas para criar um enorme interesse na volta de Jesus e em outros ensinos proféticos nestes últimos dias.
As seitas heréticas sabem disto muito bem. O Enganador das mentes humanas irá sem dúvida soprar as chamas dos ensinamentos da Nova Era, contatos com extraterrestres e outras invenções e acontecimentos mundiais, que iludirão a muitos. Precisamos saber a verdade sobre os eventos futuros, a fim de não sermos vitimados pela avalanche de novas hipóteses insidiosas que varrerão o mundo nestes últimos tempos.
Lembre-se, quando os discípulos perguntaram sobre "o sinal... da consumação do século", Jesus advertiu-os imediatamente - "Vede que ninguém vos engane. Porque virão muitos em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos" (Mateus 24.4-5). O melhor antídoto para a desilusão é a verdade - para satisfazer a nossa curiosidade e oferecer uma resposta pronta aos que estão confusos. Vamos nos encher da Palavra.
Quem está cheio da Palavra não se confunde. Afinal, Deus não é Deus de confusão.
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