Esta pergunta foi feita por um homem que ficou conhecido na História por ter lavado literalmente as mãos diante um julgamento que ele mesmo sabia ser injusto. Antes, ele ouvira do réu estas palavras: "Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" (João 18.37). E então ele fez a famosa pergunta - "O que é a verdade?" (João 18.38) - e não esperou para ouvir a resposta.
Também, em nossos dias, fazemos como Pilatos: perguntamos o que é a verdade, mas não queremos ouvir o que ela significa. Isto pode doer em nossa consciência. Jesus dissera um pouco antes aos fariseus de sua época: "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8.32). Claro, Ele já tinha explicado aos seus seguidores o que era essa verdade: "Eu sou... a verdade" (João 14.6).
O interessante é nós somos relaxados (ou desavisados?), e nunca nos interessamos em saber de que lado está essa verdade absoluta. A Bíblia e os livros que relatam os acontecimentos que envolvem a história da Igreja estão aí espalhados nas livrarias e bibliotecas do mundo inteiro, ao nosso inteiro dispor. Não há "duas" Histórias, mas somente uma História. Será mesmo verdade que aquele cristianismo puro que começou em Jerusalém e se espalhou pelo mundo inteiro, tendo como base apenas a fiel e verdadeira Palavra de Deus, é esse mesmo que nós vemos hoje com sua sede em Roma?
Vamos transcrever abaixo, para conhecimento dos que buscam conhecer a verdade, apenas uma parte de um notável documento existente na Biblioteca Imperial de Paris (Folio B, número 1088, volume 2, páginas 641-650), intitulado "DIREÇÕES CONCERNENTES AOS MÉTODOS ADEQUADOS A FORTIFICAR A IGREJA DE ROMA", datado de outubro de 1553, em Bolonha, quando o papa Júlio III, alarmado com o rápido crescimento dos "irmãos separados" (hoje chamados de evangélicos), e não sabendo que medidas adotar para obstá-lo, chamou três de seus mais sábios bispos e deu-lhes a incumbência de estudarem seriamente o assunto, e sugerirem medidas adequadas à salvação da Cúria Romana. Assim eles fizeram, e depois de um devido estudo, apresentaram ao papa um circunstanciado relatório sugerindo várias medidas, cujo final é o seguinte:
Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos que seja possível a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém. Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão. Em suma, aquele livro
(eles estavam falando aqui da Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos. De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, se confrontar as instruções desse livro como é feito nas nossas igrejas, logo descobrirá o desacordo, e verá que nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina desse livro, e em outras até mesmo contrárias; o que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas com grande cuidado, para não provocar tumultos" - Bolonie, 20 Octobis, 1553 - Assin. Vicentius De Durantibus, Episc. Thermolorum Brisciensis; Egidius Falceta, Episc. Caprulen; Gerardus Brusdragus, Episc. Thessalon.O que ocorreu depois dessas medidas "preventivas" de Roma, a História documentada mostra a qualquer leigo: A humanidade se viu privada e proibida da leitura da Bíblia por vários séculos em todos os países católicos. Para completar, a seguir, veio a chamada "Santa Inquisição" para queimar e torrar nas fogueiras os "herejes" que tivessem alguma Bíblia ou mesmo parte dela, ou teimasse em não obedecer a cartilha de Roma. Foi uma era de trevas em que o diabo deitou e rolou, uma época em que até os reis tremiam diante do papa.
Talvez você esteja pensando que tudo isto é invenção. Há pouco tempo foi noticiado pela TV Globo, que um dos maiorais do Vaticano afirmou: "se o diabo tiver uma morada, a sua morada é aqui". Quem conhece a Bíblia já sabe disso. Roma é especialista em mentiras. E quem é o pai da mentira? Qual o nosso interesse de "inventarmos" um documento como o citado acima? As bibliotecas públicas das grandes cidades do mundo têm livros e mais livros com citações correlatas, e ninguém contesta. O problema é que as pessoas não gostam de visitar bibliotecas, mas somente de ver e ouvir TV.
Bom, somente uma pessoa desatualizada não se dá conta de que hoje em dia a Igreja de Roma não segue nem de longe a Bíblia Sagrada, mas somente suas tradições e seus dogmas. Mas não desejamos aqui criar polêmica com nossos amados irmãos católicos, muitos deles de uma sinceridade a toda prova. De qualquer maneira, nós ainda somos católicos e apostólicos, somente não seguimos a direção de Roma, mas a direção do Espírito Santo. Todos os que seguem apenas os parâmetros da Bíblia, só deixaram de ser "romanos", pois nosso negócio é com "a Jerusalém que é de cima" (Gal. 4.26). Jesus foi e ainda é judeu. A Bíblia não veio de Roma, mas de Israel. A salvação não vem dos "romanos", mas "vem dos judeus" (João 4.22).Concluindo: "Nada podemos contra a verdade, senão pela verdade" (1Coríntios 13.8).
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