BLOG DO ADAIL

Conhecer a Deus é fundamento eterno de bem-aventurança - glória eterna. Não o conhecer é eterna perdição. Deste modo, o conhecimento de Deus é tudo: vivifica a alma, purifica o coração, tranquiliza a consciência, eleva as afeições, e santifica o caráter e a conduta. - Irmão Adail

"Ah, se pudéssemos ter mais fé num Salvador amoroso e vivo, e se pudéssemos abrir nossos corações o suficiente para receber mais do seu amor eterno, consumidor, constrangedor, penetrante; ah, se abríssemos nosos ouvidos para ouvir a doce voz do Noivo quando Ele sussura para nossas almas: "Levanta-te, meu amor, minha querida, venha, deixa as ilusões deste dia transitório. Ah, se sua voz arrebatadora pudesse alcançar nossos corações endurecidos para que tivéssemos sede e clamássemos por um relacionamento mais íntimo com o Salvador crucificado". - Pr. John Harper, que afundou com o TITANIC em 15.04.1912.

ATENÇÃO: O assento do escarnecedor pode ser muito elevado socialmente, todavia fica muito perto da porta do inferno, e logo ficará vazio.

"...prepara-te para te encontrares com o teu Deus" (Am 4.12). Como os crentes em Jesus podem viver com as malas prontas e prontos para partir? Não há mistério a este respeito; o bom senso nos deve indicar como fazê-lo. Estejamos inteiramente dedicados ao serviço de Cristo, todos os dias. Não vamos tocar no pecado com vara curta. Acertemos as contas com Deus. Vamos pensar em cada hora como uma dádiva de Deus para nós, para tirar dela o melhor proveito. Planejemos nossa vida, levando em conta setenta anos (Sl 90.10), entendendo que se o nosso tempo for menor do que esse prazo, isso não será uma privação injusta, mas uma promoção mais rápida. Vivamos no tempo presente; gozemos com alegria dos seus prazeres e abramos caminhos através de suas dores, contando com a companhia de Deus, sabendo que tanto os prazeres quanto as dores são passos na viagem para casa. Abramos toda a nossa vida para o Senhor e gastemos tempo conscientemente na companhia dEle, expondo-nos e correspondendo ao seu amor. Digamos a nós mesmos, com frequência, que a cada dia estamos mais perto. Lembremo-nos que o homem é imortal enquanto o seu trabalho não for realizado, e continuemos a realizar aquilo que sabemos ser a tarefa que Deus nos determinou para aqui e agora. Amém? - Irmão Adail

Uma única bomba devasta uma cidade, e o mundo está na era nuclear. Com a cisão de um átomo, temos um poder e uma força nunca vistos. Foguetes roncam no seu local de lançamento, e sua carga é despejada no espaço. Descobertas apenas imaginadas durante séculos são agora concretizadas à medida que começamos a explorar os confins do universo.

Vulcões, terremotos, maremotos, furacões e tufões deixam desprender sua força incontrolável e inexorável. Resta-nos procurar abrigo para mais tarde reunir aquilo que sobrou.

Poder, força, energia - observamos com admiração a exibição da natureza ou a obra do homem. Mas essas forças não se aproximam do poder de Deus onipotente. Criador de galáxias, átomos e leis naturais, o soberano Senhor reina sobre tudo o que existe e sempre será assim. Que tolice viver sem Ele, que estupidez correr e esconder-se de sua presença, e quão ridículo é desobedecer-lhe. Mas nós o fazemos. Desde o Éden estamos sempre à procura de sermos independentes de seu controle como se fôssemos deuses com o poder de controlar nosso próprio destino. E Ele tem permitido nossa rebelião. Mas, muito em breve, chegará o
DIA DO SENHOR.


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Que é a Verdade ?



Fico sempre admirado sobre aquilo em que as pessoas acreditam!!!


Certa vez, em Londres, um enigmático guru declarou numa entrevista ao repórter de um jornal que ele era “o Filho de Deus”. Com um pequeno grupo de seguidores fiéis, ele vive no cume de uma montanha, dentro de uma longínqua floresta situada em um dos países ex-membros da União Soviética. Ele prega que veio ao mundo para livrá-lo do mal. De um fôlego, ele declarou que embora sendo casado, sua esposa (na certa irritada) teve de aceitar a idéia de que agora ele pertence - claro que de modo espiritual - a todas as mulheres do mundo. Esse guru sempre tem dito aos seguidores que ele é a esperança da humanidade... E estes, de boa vontade, têm aceitado suas palavras. Embora se tratando de um pequeno grupo, todos ali desistiram de tudo para fazer parte dessa coisa tão grande!

David Koresh liderou o seu pequeno império de “remanescentes” seguidores, à espera da batalha do Armagedom. Sendo um mestre da retórica religiosa, ele usou o seu maciço conhecimento de textos bíblicos [obviamente sem levar em conta o contexto] incessantemente pervertidos, e pregava incansavelmente para o seu grupo de enganados, levando-os a crer que ele era o Messias. Mesmo depois do incêndio de todo o grupo de Koresh e da morte de aproximadamente cem homens, mulheres e crianças, alguns sobreviventes continuaram a acreditar que Koresh era realmente o salvador que afirmava ser. Eles se recusaram a desistir dele, mesmo sendo um charlatão. Queriam fazer parte de uma coisa tão grande!

Uma das fraquezas da natureza humana decaída é aceitar e seguir de todo o coração o engodo religioso. As pessoas se tornam voluntariamente cegas e totalmente ignorantes a respeito de tudo que possa obstruir os seus mais sagrados e religiosos sentimentos ou os seus credos éticos. A conclusão geral é que as pessoas acreditam simplesmente em tudo que desejam acreditar.

Quase cinco anos após minha saída de um grupo sectário, numa isolada cidadezinha no Alaska, eu ainda me pergunto como posso ter sucumbido às antigas manobras usadas por alguns daqueles mestres manipuladores dos nossos dias. Entregue a um “Cristianismo” deturpado, com fundamentos de elitismo, à sensualidade “religiosa”, à servil profecia pessoal e aos falsos sinais e maravilhas, tudo isso me fazia sentido naquele tempo, apesar das advertências interiores, dizendo que tudo deveria ser minuciosamente examinado pelas Escrituras: “Examinai tudo. Retende o bem!” (1 Tessalonicenses 5:21).

Conquanto envolvido no estudo sobre os grupos sectários durante 12 anos, e testemunhando ativamente aos seus membros sobre o amor de Deus e a objetiva verdade em Jesus Cristo, a cegueira que os impedia de ver a simplicidade do Evangelho era exatamente a mesma que me cegava os olhos. Embora salvo, eu costumava observar e participar de cultos onde o caráter de Deus e nossa relação com Ele eram pervertidos e como o Reino de Deus era transformado em algo que hoje, só de nisso pensar, sinto calafrios, mesmo em dia de calor. Eu acreditava que os meus líderes, - pastores, profetas, apóstolos e operadores de sinais - conheciam mais profundamente as coisas de Deus e a sensação de que havia algo terrivelmente errado em nossa congregação era apenas fruto de minha imaturidade espiritual. Isso era o que os meus líderes diziam; portanto, deveria ser isso mesmo!

Em sua fascinante história do império nazista, William L. Shiver documentou meticulosamente as operações internas de um sistema que pretendia dominar o mundo. ”The Rise and Fall of the Third Reich” é uma excitante narrativa dos efeitos da propaganda que produz a lavagem cerebral. A interminável barragem de desinformação pôde, inacreditavelmente, moldar a mente de um povo que antes havia sido vencido e fragmentado, conforme a iconolatria do elitismo. Isso culminou nos horrendos campos de morte e no assassinato a sangue frio de milhões de desprezados seres humanos. Sendo uma testemunha ocular contrária ao regime nazista, Shirer contou exemplos das conversas do povo alemão, quando ele ousava contestar aquele governo grotesco e as declarações da mídia sobre a sua superioridade étnica, cultural e militar. Recebido com um silêncio chocante ou com um movimento de admirado horror, em tais ocasiões ele observou que questionar a visão da máquina nazista, em qualquer hipótese, seria considerado uma blasfêmia da mais alta ordem. Foi então que ele percebeu que as mentes daquelas pessoas haviam se tornado tão distorcidas que elas já não conseguiam avaliar coisa alguma que não fosse segundo aquele padrão externo. Shirer observou que, com a ascensão do novo império germânico, a verdade era o que Hitler e Goebbels afirmassem. Eles haviam se tornado árbitros das coisas reais, espirituais e de tudo o mais. Filmes sobre as distantes conquistas nazistas ainda inspiram o horror do que foi engendrado no mundo inteligente, há mais de 50 anos: mãos levantadas em saudações, gritos sonoros de “Heil Hitler!”, multidões se acotovelando para chegar mais perto de Hitler ou pelo menos tocá-lo, a fim de receber um rápido olhar do seu “Fuehrer”; mulheres chorando quando o avistavam, cativadas pelo seu carisma; a juventude alemã (Hitler Jung) jurando-lhe fidelidade com as faces radiantes; os militares, em massa, jurando-lhe lealdade. Ali estava o homem que iria conduzi-los ao maravilhoso futuro ariano. Afinal, eles faziam parte de uma COISA GRANDE!

Mesmo quando os brados [do Fuehrer] contra os adversários chegaram ao extremo, com a face grotescamente contorcida e a boca grunhindo indignidades, as multidões reagiam com aprovação, entregando alegremente suas vidas àquele déspota, acreditando que sua confiança nele jamais poderia ser desperdiçada. Quando os judeus eram amontoados em caminhões de carga animal, o público adorador zombava deles. Quando os judeus desapareceram aos milhões, nos campos de concentração, os alemães meneavam insensivelmente as cabeças. Mesmo com a armadilha de Auschwitz, com tantos cadáveres apodrecidos e comidos de vermes e com esqueletos vivos caídos por terra, o povo fazia de conta que nada via. Afinal esse povo estava fazendo parte de uma COISA GRANDE!

“Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum” (João 18:37-38).

Pilatos perguntou a Jesus: “Que é a verdade?” - A pergunta teria sido feita em Latim: Quid est veritas? Se tomarmos as letras desta pergunta e as colocarmos numa determinada ordem, teremos a resposta. Pergunta: Quid est veritas? (Que é a verdade?” Resposta: “Est vir que adest” (É aquele que está na tua frente!].

Boa pergunta! Rodeado pelos ícones da era, revestido com o poder do maior império do mundo - o Império Romano - e comissionado pelo imperador que era saudado com um “Ave César!” pelas multidões romanas, esse homem considerado perfeito, encarou diretamente a face da VERDADE, porém não a reconheceu! Ele jamais teria feito essa pergunta ao imperador. Para ele a verdade era o que Tibério César falasse que era, com a sua conclusiva aquiescência. Afinal, Pilatos fazia parte de uma COISA GRANDE!

Sou abençoado quando alguns membros de seitas ocasionalmente chegam à minha casa, pois eles sempre trazem uma Bíblia e querem discutir as Escrituras. Que alegria ter um campo missionário vindo para mim. Geralmente vem um par de missionários, visto como existe um posto missionário da SUD (Igreja Mórmon) aqui em nossa pequena comunidade e eu sempre os deixo prosseguir com o seu discurso decorado. Eles o apresentam de maneira clara e simples, com perguntas fáceis destinadas a receber do ouvinte as respotas esperadas, às quais os missionários mórmons dão respostas fraudulentas. Tudo isso se destina a levar o ouvinte a um certo sistema de crenças. Mas, do que eu mais gosto é da parte em que eles finalmente dizem: “Você tem alguma pergunta?”

Ora, eu sempre tenho. Eu lhes pergunto se eles de fato acreditam que Adão é Deus; em seguida, mostro as muitas profecias falsas do seu fundador Joseph Smith e leio em seu próprio Jornal dos Discursos as declarações furiosas do seu profeta Brigham Young, pregando sobre cortar as gargantas dos apóstatas. Indago se essas coisas fazem parte do seu sistema de crenças.

Embora alarmados e totalmente ignorantes dessas evidências contra a validade de sua religião, das abundantes profecias falsas, dos sermões assassinos, das práticas e ensinos abomináveis dos seus fundadores mórmons, parece que isso não lhes causa qualquer duradoura impressão. Só posso orar para que Deus tenha plantado as sementes da verdade em seus corações e que algum dia eles possam colher os frutos. Contudo, esses sinceros seguidores da SUD (Igreja Mórmon) foram instruídos a não questionar revelações perturbadoras e eles seguem essa ordem ao extremo. A apresentação do verdadeiro Evangelho os deixa confusos e então, prometendo voltar para mais um diálogo, eles raramente voltam. Suas mentes foram tão marteladas pela propaganda teológica que o complexo lhes parece razoável e o razoável lhes parece complexo. Meus esforços para ensinar-lhes as mais simples verdades doutrinárias quase lhes causa um incompreensível horror. Estas simplesmente não se adaptam aos moldes em que eles foram encaixados:

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Isaías 5:20).

Tragicamente, essa mesma mentalidade que tem caracterizado as seitas, os grupos marginais e os zelotes politicamente motivados, pode ser encontrada em muitos grupos hiper-carismáticos [neopentecostais] da igreja. Muitos nesse campo têm oscilado no pêndulo teológico das mais estranhas experiências jamais antes imaginadas. Visões sem paralelo, sonhos, profecias, manifestações selvagens na nova “carismatice” têm gerado alguns questionamentos muito sérios da parte de um mundo que os observa boquiaberto! Será tudo isso que o Cristianismo realmente representa? Será esse o Jesus da Bíblia?

Lembro-me perfeitamente do meu primeiro reavivamento do riso, na primeira sessão “caindo no espírito”. Foi nos meados de 1990, quando Rodney Howard Brown estava no auge da popularidade. Dois homens que o acompanhavam em outra cidade no Alaska vieram à nossa reunião de companheirismo para ministrar o “vinho novo”. Ora, eu caí junto com os outros, fui empurrado para “cair no espírito” (isso é uma piada!), mas por alguma razão minha esposa e eu não conseguimos sentir a alegria do Senhor. Os ministros principais nos observaram sentados nos bancos, sem rir descontroladamente, e vieram até nós e nos impuseram as mãos. Pressionaram fortemente nossas cabeças, encorajando-nos durante alguns minutos, tentando forçar-nos ao riso, a partir do estômago. Finalmente, nós nos obrigamos a rir, a fim de escapar à dor de sua pressão sobre nossas cabeças, a qual nos “estimulou” no sentido de demonstrar “alegria” e risos, para que eles finalmente nos deixassem em paz. Contudo, logo paramos o riso, achando aquilo barato demais. Sabíamos que a nossa reação era falsa, uma vergonha! Infelizmente, eles não pensavam assim.

Em retrospecto, as exibições teatrais em nossa igreja, naquele dia, foram óbvia e embaraçosamente de segunda classe: soprar no microfone, a fim de simular a narrativa de Atos 2, do vento soprando o Espírito Santo; persuadindo, ludibriando e bestificando a congregação, mediante repetidas ordens (fechem os olhos, levantem as mãos e quando fizerem isso, o poder de Deus cairá sobre vocês), com sutis admoestações para que ninguém resistisse diante de qualquer coisa que viesse a seguir. Mesmo quando parecesse selvagem, com gargalhadas brotando incontrolavelmente através do edifício; homens e mulheres tropeçando cegamente, bêbados no Espírito Santo e sem modéstia alguma, mulheres empilhadas no chão do santuário, com as roupas desabotoadas, exibindo sorrisos idiotas em seus rostos, inclinando e levantando as cabeças; um líder da adoração caído ao comprido no chão do santuário, levantando as mãos e colocando-as sob o corpo, com a face avermelhada, respirando ruidosamente... A ordem era clara: “não resistam! Essas coisas são de Deus! São o Espírito em “unção”!

Sim, mas qual “espírito”?

A idéia completa era que precisávamos ser conduzidos. Ainda não havíamos experimentado a totalidade do que Deus desejava para nós e para os nossos líderes - nossa cobertura - aqueles “ungidos”, os quais haviam progredido na escala da iluminação espiritual e iriam nos mostrar o caminho. E os que discordassem, aliás muito poucos, seriam levados a entender que não deveriam interferir. Estavam ali para aprender e não para questionar.

Com nossas Bíblias abertas, visualizávamos nossas experiências através de uma moldura, de um padrão pré-fixado, o qual afetava todos os aspectos da fé e da prática. Mesmo afirmando lealdade às Escrituras, compartilhávamos jocosamente daquele comportamento escandaloso e sem tréguas; até mesmo das risadas escandalosas, fechando os olhos a algumas passagens tão claras como por exemplo, o fruto do espírito - domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Será que o mesmo Espírito que deu este mandamento: “O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (1 Coríntios 14:4), poderia nos ordenar no mesmo instante a nos livrarmos de todo o recato e nos abandonarmos ao histerismo, não apenas interrompendo os nossos cultos (inclusive a comunhão, a mais sagrada lembrança dos sofrimentos do Senhor), mas fazendo com que os incrédulos pudessem considerar o Cristianismo insano: “ “Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?” (1 Coríntios 14:23)? Desse modo, quem iria desejar tomar parte numa religião de loucura? Será que o mesmo Espírito Santo que nos fala na 1 Coríntios 6:18; Gálatas 5:19 e Efésios 5:3 e em tantas outras passagens para rejeitar a imoralidade, ao mesmo tempo nos ordena a cair de bom grado com movimentações de braços e pernas, com homens e mulheres caindo ao chão, uns sobre os outros? Jesus nos ordena em Mateus 5:28 para nem sequer pensarmos em adulterar, pois os pensamentos se constituem no próprio ato. Será possível, quando sob a “unção”, ficar totalmente a salvo de pensamentos libidinosos, quando por exemplo, um homem cai sobre a mulher de outro homem? Isso ainda nos leva a questionar o ministro implicado. Quando um dos implicados segura a queda de uma mulher “no espírito”, como é possível que ele conserve as mãos sem tocá-la apropriadamente? Muitas vezes os homens caem tão rapidamente, como água escorrendo. Eu mesmo vi mulheres com as saias levantadas e as blusas indecentemente arriadas, quando caíam. Isso acontece o tempo inteiro. Eu vi num vídeo-clip de Brownsville – “Honey, Where Are You From?” - uma linda esposa cair nos braços de um ministro que estava próximo, com a blusa arriada acima do busto, com os braços oscilando amplamente. Será que ninguém observou esse disparate?

Será que o mesmo Espírito que nos diz em Efésios 5:18: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda...”, também nos manda embriagar-nos no bar do Joel? Será que Aquele que condena a embriaguez também nos encoraja a ficar tão embriagados a ponto de nossas faculdades mentais se tornarem iguais às dos bêbados da vizinhança? Será que Ele sorri complacentemente, quando transformamos Sua Casa de Adoração em botequim? Será que Ele se agrada com o fato de não mais se cantarem hinos de louvor, mas, em vez disso, canções de bêbados? Será uma honra para Deus que os Seus filhos fiquem alcoolizados, tropeçando sem controle, engatinhando para alcançar os seus lugares, caindo sobre a pessoa que está sentada ao lado? Será que se tal coisa acontecesse no contexto secular, a polícia não seria logo convocada e o ofensor dali retirado para um local onde pudesse dormir? Até mesmo o mundo tem mais senso de decência!

Os judeus pensaram que os apóstolos em Atos 2 estavam embriagados, porém uma leitura de todo o capítulo não confirma essa deplorável exegese. O grave problema é que os crentes não lêem cuidadosamente os textos dentro do contexto, confiando nas mutretagens dos líderes, passando a obedecê-los cegamente.

Será que Aquele que odeia a falsa profecia (Jeremias 20:6; 27:15; 29:9; Ezequiel 13:2; 22:28; Mateus 7:15, 2 Pedro 2:1; 1 João 4:1 e uma porção de outros versos) nos ordena hoje a fechar os olhos a quem declara: “Assim diz o Senhor”, quando o Senhor nada lhe disse? Será que a falsa profecia [tão abundante nas igrejas carismáticas] tem ainda hoje a mesma significação para nós? Será que nos tornamos tão sofisticados que simplesmente damos de ombros diante das palavras falsas, enquanto a honra de Deus é impugnada e o seu Nome usado para beneficiar os outros? Quando Benny Hinn se enfureceu no palco, durante a sua cruzada de 1999 em Denver, grunhindo de olhos arregalados, rorejando ordens para o coro e os ministros que o assistiam no palco, ele ergueu os olhos ao céu, enquanto dizia: “Sim, Senhor, eu farei isso!” Logo em seguida, começou a atirar maldições sobre qualquer pessoa que ousasse falar contra o seu ministério... Quais teriam sido os pensamentos daqueles que o assistiam? Ora, isso é fácil de imaginar, quando a câmera caiu sobre as mulheres de mãos dadas, em louvor a Deus, lágrimas lhes escorriam pelas faces, todas elas em extática compostura, maravilhadas com o poder e as proclamações daquele “homem de Deus”!

Será que ninguém ali se lembrou das palavras do Senhor em Lucas 6:27-28: “Mas a vós, que isto ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam; bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam”? Pelo visto, Benny Hinn tem autoridade - embora nenhum mandato - de Deus para fazer exatamente o contrário. Ele falou e as multidões nele acreditaram.

Muitos na igreja adquiriram a mesma mentalidade dos missionários mórmons que chegam à minha porta. Aos seus profetas também tem sido permitido ir contra a Santa Palavra de Deus, porque eles lhes disseram que agora podem fazer isso. Os membros de seitas são ameaçados se forem de encontro [e não a favor] dos seus líderes. Isso mesmo tem acontecido com os grupos carismáticos dentro da igreja, inclusive no grupo de onde eu saí. Falar contra a liderança significava “tocar nos ungidos do Senhor” e, não importando o que eles fizessem, sua autoridade não poderia ser contestada nem diligentemente examinada. Acreditava-se que Deus ficaria ofendido e o inquisidor poderia ser levado ao julgamento divino. Durante anos permaneci de boca fechada, temendo mortalmente “lutar contra Deus”. Até que alguém me abriu os olhos; apenas um toque, o bastante para que alguma luz viesse do alto.

Quando vemos nos arquivos aquelas longas distâncias das corridas de Hitler, não precisamos nos admirar de como aqueles enganados foram capturados na paixão do momento. Se olharmos cuidadosamente para os rostos das multidões, poderemos captar um relance de alguém que conhecemos, talvez até um vizinho... Ou nós mesmos.

Todos nós gostaríamos de brincar com a imaginação de que a verdade não é tão importante, mas o fato é que ela importa! E tanto importa que Deus enviou o Seu Filho unigênito, Aquele que é a Verdade, manifestado na forma de homem, o qual veio ao mundo para nos dar vida, quando conhecíamos apenas a morte. Sim, a verdadeira doutrina é importante, a ponto do apóstolo João ter-nos alertado: “Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho” (2 João 9).

Existe uma definitiva lavagem cerebral e uma manipulação espiritual acontecendo no ramo carismático da igreja. Eu estive ali; ajudei a promovê-las e falei mal dos que contestavam os “últimos movimentos de Deus”. Seguindo cada vento de doutrina, eu bebi sofregamente de cada experiência possível; segui aqueles “profetas” e preguei com a autoridade que me conferia a posição de presbítero. Isso aconteceu até o dia em que descobri que a verdade importa.

Felizmente, existe uma esperança no Senhor. Louvemos o Seu Nome, pois nEle há esperança! Quando a Verdade, que vinha me tocando durante todos aqueles anos, foi finalmente liberada, comecei a pesquisar as Escrituras e a avaliar o custo. Permanecer no erro seria um preço alto demais para ser pago, por isso meditei nas palavras do Senhor dirigidas a Israel: “VINDE, e tornemos ao SENHOR, porque ele despedaçou, e nos sarará; feriu, e nos atará a ferida. Depois de dois dias nos dará a vida; ao terceiro dia nos ressuscitará, e viveremos diante dele. Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Oséias 6:1-3).

Artigo: “What is Truth?” - Kevin Reeves

kreeves@aptalaska.net

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