O Dia da Morte - A Certeza Final

Existe um detalhe importante em nossa vida, que todos nós, seres humanos, evitamos pensar, e nem gostamos de comentar.  O tempo vai passando, e sempre vamos adiando o assunto, pois, na verdade, nem mesmo gostamos de pensar nisso - o dia da nossa partida para a eternidade - o dia da morte.

O número de mortes causadas por guerras e epidemias, e as notícias que lemos de fome em países africanos, chamam-nos a atenção para os apectos fatais do mundo que nos cerca.  Relatos da África e da América do Sul falam de milhões de pessoas afetadas, milhares de mortes, quilômetros de territórios atingidos, anos e anos de sofrimento, e toda a tragédia que pode ser resumida de modo estatístico.  Mas a estatística pode ser enganadora.  A morte é perene.  Bernard Shaw escreveu ironicamente:  "As estatísticas sobre a morte são muito impressionantes.  A cada pessoa, uma morre".

A morte é tantas vezes acompanhada por essas dolorosas perguntas:  "Por que eu?  Por que agora?  Por que isto aconteceu?"   A Bíblia diz:  "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez"  (Hebreus 9.27).  É a mais democrática de todas as experiências.  A morte iguala o alto e o baixo.  Podemos combatê-la, e a vontade de combatê-la é instintiva.  Podemos até evitá-la por certo tempo, e o bom senso nos permite esse privilégio.  Podemos argumentar, implorar, negociar, mas a morte é o único inimigo universal.  Dizer - "Não penso a respeito disso" - não faz a realidade desaparecer.  Chegará a hora em que a morte se intrometerá nas nossas vidas bem planejadas e mudará as coisas, de maneira absoluta.

Queremos negar a morte.  Disfarçamos nosso constrangimento em tratar do assunto, falando a respeito do morto como se ele não tivesse morrido.  "Deixou esta vida", dizemos.  "Foi-se desta para melhor".  O fato de que o corpo está agora debaixo da terra e a alma foi-se embora é mais do que gostamos de admitir.

Hoje, confrontam-nos tantas vozes a nos dizer como viver!  Ensinam-nos como parecer jovens, permanecer esbeltos e saudáveis, projetar uma boa imagem, pensar positivamente, ganhar mais dinheiro, ter mais amigos.  Todas essas ambições são razoáveis, mas indicam que estamos tentando desesperadamente apegar-nos a este mundo presente.  A verdade é que a vida é transitória.  "Que é a vossa vida?  Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa"  (Tiago 4.14).  Se quisermos aproveitar a vida ao máximo, precisamos enfrentar o fato de que ela terá fim.

Na realidade, todos nós sempre nos preparamos para algum outro evento, mas nunca nos preparamos para esse dia tão inevitável, que mais cedo ou mais tarde ocorrerá.  Temos receio e evitamos imaginar que tal coisa nos ocorra.  Vivemos a nossa vida como se fôssemos perenes, e não gostamos desse tipo de surpresa.

Mas Deus já nos avisou:  "Prepara-te... para te encontrares com o teu Deus" (Amós 4.12).  Para quem não conhece Deus, é um dia fatídico, trevoso e angustiante.  Mas para os que O conhecem, é um dia maravilhoso, um dia em que a luz começa a raiar.

Você estar pensando:  "Isto será uma piada?"

Não, amigo.  Estamos falando de um assunto seríssimo.

Jesus prometeu àqueles que confiam nEle:  "Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive crê em mim, não morrerá, eternamente" (João 11.25-26).  Isto é uma questão de fé nas Escrituras Sagradas - a Bíblia.  E mais:  "...se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte" (João 8.51).

A morte, na verdade, é uma entidade, "o último inimigo que há de ser aniquilado"  (1Cor. 15.26), que somente aparece de cara para os que não crêem verdadeiramente em Jesus e nunca O confessaram como Senhor e Salvador; mas, para os que crêem na promessa de Jesus, esse ser não terá o "prazer" de nos levar em suas garras gélidas.

Na hora da morte dos servos de Deus, quem nos vem buscar é um anjo do Senhor para nos levar até o Céu; os que a morte vem buscar vão ter que esperar uma longa era para o encontro com Deus - o dia do Juízo Final, quando só terão o desprazer de ouvir a sentença final:  "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (Mateus 25.41).  Isso será deveras terrível.

Que ninguém pense, portanto, a tolice de que muitos dizem:  "Ah, meu, morreu, acabou!" De nada nos adianta querermos "tapar o sol com uma peneira", pois a verdade de Deus sempre prevalece.

"Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus servos" (Salmo 116.15).

Creia, portanto, na Palavra de Deus, para que você possa dizer também:

"... tragada foi a morte na vitória (de Cristo na cruz do Calvário).  Onde está, ó morte, o teu aguilhão?  Onde está, ó inferno, a tua vitória?... graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo" (1Cor. 15.54,55,57).