Ana sabia que Deus tinha um plano para este mundo e se alegrava com isso. A oração de Ana é um cântico de louvor pelo plano soberano de Deus para o mundo e por seu poder de guiar toda a história. A Bíblia não apenas revela o plano de Deus, mas mostra como Ele carinhosamente prepara seu povo para vivenciar este plano. O tema central do plano de Deus, por exemplo, envolve a salvação de suas criaturas. O grande desejo de Deus é trazer uma multidão de pessoas eternamente perdidas para a vida eterna com Ele. Com o objetivo de completar a obra da salvação, Deus envolveu-se pessoalmente com o mundo, enviando o seu único Filho. Mas antes de o Filho entrar em cena, o Senhor fez diversos preparativos. Jesus veio à terra somente quando tudo já estava acertado (Gal 4.4).
Uma forma de se conhecer o Antigo Testamento é trilhar o caminho de preparação de Israel para a chegada do Messias. De modo soberano, o Senhor introduziu certas idéias séculos antes de seu completo significado se tornar claro, o que aconteceu na obra de Jesus. Quando Ana compôs seu cântico de louvor, ela incluiu a primeira menção ao rei ungido, o que se referia ao Salvador definitivo que, na cruz, quebraria em pedaços o poder do diabo. Na verdade, o filho dela, Samuel, iria ungir Davi, a pessoa que deu início à linhagem real do Messias que viria.
No tempo de Ana, a palavra ungido se referia à maneira como as pessoas eram separadas para propósitos especiais. Derramava-se óleo sobre suas cabeças. Pouco depois da época de Ana, Deus usou Samuel para ungir Saul como rei de Israel e, posteriormente, Davi. A palavra hebraica usada para ungir logo ficou conhecida como a forma de Deus escolher uma pessoa para representá-lo tanto na questão sacerdotal quanto real. O profundo respeito de Davi por Saul, o ungido do Senhor, expressa o tipo de deferência que todos deveriam mostrar àquele que fora escolhido como líder de seu povo.
A palavra hebraica para ungido foi transliterada para o nosso idioma como Messias. A palavra era muito usada nos tempos de Jesus para falar daquele que libertaria Israel, uma pessoa que os judeus do primeiro século esperavam que fosse um poderoso líder político. Logo depois da morte de Jesus, os discípulos começaram a chamar Jesus de Cristo, a palavra grega para Messias. Para eles, a conexão era óbvia. Jesus não apenas cumpriu muitas das profecias relativas à vinda do Messias, mas também cumpriu em sua própria vida, morte e ressurreição, os papéis para os quais Deus ungia os homens (sacerdotes, profetas e reis).
Como sacerdote, Jesus intercede por nós diante de Deus. Como profeta, Ele chama todos ao arrependimento. Como Rei, Ele voltará em glória para governar o mundo.
Quem quiser saber mais deste maravilhoso plano de Deus, leia na Bíblia o livro de Hebreus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário